No auge da crise do setor automotivo brasileiro, entre 2015 e o primeiro semestre de 2017, a rede de concessionárias de veículos reduziu seu quadro de mão de obra no País de 490 mil para 318 mil funcionários, ou seja, foram perdidos 172 mil postos de trabalho. No mesmo período foram fechados 2,1 mil pontos de venda dos quase 8,5 mil antes existentes.
De lá para cá, 70 mil empregos foram retomados, dos quais 2 mil no ano passado, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 4, pela Fenabrave, Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. E a rede voltou a crescer, com o surgimento de 750 novas concessionárias, totalizando hoje 7.145 pontos de venda no território nacional, incluindo os de veículos leves, pesados, motos e máquinas agrícolas.
A recuperação o setor, ainda que lenta, tem tudo a ver com a instalação de novas linhas de montagem no País. O presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, lembra que só em função da Jeep foram criadas mais de 200 concessionárias. Também houve ampliação das redes BMW e Audi, assim como da DAF Caminhões.
Na avaliação de Assumpção Jr., o processo de enxugamento decorrente da crise já foi encerrado e hoje as redes, em geral, já estão adaptadas aos novos tempos e novos patamares de venda. “O que pode haver é troca de titularidade, um movimento normal nas redes de concessionárias”.
Os comentários foram feitos pelo presidente da Fenabrave durante a divulgação do balanço das vendas de veículos em janeiro, que indicou queda de 3,2% no comparativo com o mesmo mês do ano passado.
LEIA MAIS
→Mercado de veículos desacelera neste início de ano
→Jeep caminha para ultrapassar a Honda no acumulado do ano
→General Motors é mais uma montadora fora do Salão de São Paulo
Além de falar do mercado e da recuperação da rede nos últimos dois anos e meio, Assumpção Jr. também comentou sobre a debandada de marcas do Salão do Automóvel de São Paulo este ano, com General Motors e Toyota, dentre outras, confirmando neste início de ano que não estarão na mostra.
“A Fenabrave lamenta decisões no sentido de não participação no salão, uma importante vitrine para o setor e também uma oportunidade para movimentar o mercado. Torcemos muito para que o salão ocorra este ano e que todas as montadoras possam estar presentes”.
Foto: Divulgação/Jeep
- Começa na segunda a maior feira de transporte da América Latina - 1 de novembro de 2024
- Toyota nacionalizará motor dos híbridos flex e montará baterias no Brasil - 31 de outubro de 2024
- Toyota inicia construção de nova fábrica em Sorocaba - 31 de outubro de 2024