No ano passado, a Scania contabilizou 12,7 mil caminhões vendidos ao transportador brasileiro. O volume, além de registrar o melhor resultado dos últimos cinco anos da empresa, coloca o Brasil mais uma vez como o maior o seu mercado em todo o mundo.

Para o Roberto Barral, vice-presidente das operações comerciais da Scania no Brasil, o desempenho comprova as virtudes elencadas pela empresa para a nova geração de caminhões da marca, destacadas em economia de combustível, de até 12% em relação a linha anterior, e serviços de conectividade. “O resultado mostra que estamos no caminho certo, em uma estratégia de negócio baseada na sustentabilidade ambiental, econômica e social”, resume.

As entregas da Scania no ano passado representaram um crescimento 47,6% sobre as vendas de 2018, quando a fabricante apurou 8,6 mil emplacamentos. Nos subsegmentos nos quais atua, de caminhões semipesados e pesados, o desempenho permitiu avançar na participação do mercado acima de 16 toneladas, de 16,4%, quando encerrou 2018, para 17%, no fim de 2019.

Pesados em alta, semipesados em baixa

Os pesados foram os que sustentaram o resultado da empresa, com 12,6 mil unidades negociadas, alta de 57,8% em relação às 8 mil licenciadas no exercício anterior. Um crescimento de 9 pontos porcentuais acima da evolução média da categoria, de 48,7%.

“O crescimento foi embasado na ampliação de frotas, especialmente nos transportes de grãos, apesar do preço da soja, e cargas frigorificadas, impulsionadas pelas exportações de carne para a China”, avalia Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania no Brasil.

Se os pesados representaram a maior força de venda da Scania, os números mostram que a marca precisa acertar a mão na categoria de semipesados. Apesar do forte argumento da economia de combustível, o mercado transportador absorveu apenas 88 unidades m 2019, uma queda de 85,6% em relação ao ano anterior.

“Temos uma oferta inédita na categoria, o motor de 7 litros que não está acontecendo”, admite Munhoz. “Ainda não sabemos como trabalhar esse mercado. Estamos estudando como participar melhor do segmento para entrar bem.”

Conectividade apoia serviços

A fabricante, no entanto, já colhe resultados positivos em campo relativamente novo: o de serviços baseados na conectividade. A tecnologia permitiu à empresa oferecer planos de manutenção customizados de acordo com a operação do veículo. Em apenas três anos, desde que iniciou a oferta da solução, a frota somou até o fim do ano passado, 30 mil veículos conectados, o dobro do quantificado em 2018.

Do total dos veículos conectados, 50% opera com o chamado Pacote Desempenho, o programa mais completo de gestão oferecido pela empresa, universo que também representa o maior das operações de pós-venda da companhia no mundo.

O aumento nas ativações permitiu à marca apurar crescimento de 48% nas vendas de planos de manutenção, formando um conjunto de quase 16 mil veículos. “Em 2019, 60% das vendas de veículos Scania saíram de fábrica com algum programa de manutenção. Em 2018, a participação foi de 40%”, lembra Marcelo Montanha, diretor de serviços da fabricante.

A expectativas do diretor é de registrar mais avanços em 2020. A área planeja encerrar o período com aumento de 33% no portfólio de programas de manutenção e atender 21 mil veículos e somar mais 50% na frota de caminhões e ônibus conectados, alcançando 45 mil unidades.

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Foto: Scania/Divulgação

Décio Costa
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