Apesar da desaceleração contínua do índice de crescimento ao longo do ano, a indústria de autopeças conseguiu encerrar 2019 com alta de 5,6% no faturamento nominal, graças principalmente ao aumento dos negócios com montadoras e mercado de reposição, visto que as exportações, ao contrário do previsto inicialmente, teve queda no balanço anual.
De acordo com a pesquisa conjuntural divulgada mensalmente pelo Sindipeças, a receita proveniente das vendas para as montadoras cresceu 8,8% em 2019, metade da variação que havia sido registrada em 2018, quando a expansão nesse caso foi de 17,4%.
No mercado de reposição, o crescimento foi de 6,6%, ao passo que as exportações, “solapadas pela crise na Argentina”, como destaca a entidade em seu balanço, recuaram 9,2% em reais e 15,8% em dólares. O nível de emprego na indústria de autopeças caiu 5,7% ano ano passado.
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A indústria de autopeças começou o ano com alta na faixa de dois dígitos – no primeiro bimestre o índice foi em torno de 12% -, mas gradativamente o comparativo interanual foi desacelerando. No último trimestre, a assessoria econômica da entidade revisou de 8,4% a expectativa de crescimento divulgada no início do ano para 5,1%, índice até um pouco inferior ao registrado no balanço final divulgado nesta terça-feira, 11.
Em dezembro, particularmente, a receita das autopeças teve queda de 36,3% no comparativo com novembro, o que já era esperado pelas empresas da área, segundo destaca o Sindipeças em sua pesquisa conjuntural. “A habitual programação de ajuste nos estoques de montadoras, além de problema ocorrido no fornecimento para uma fabricante de veículos pesados, intensificou a contração das vendas de autopeças em dezembro”.
No último mês do ano a capacidade ociosa do setor atingiu o maior índice de 2019, igualando-se à registrada em dezembro de 2018. Chegou a 39%, ante os 29% de novembro.
Foto: Divulgação/Meritor
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