Recuo nos negócios no primeiro bimestre pode chegar a 40%, calculam entidades do setor
Wuhan 15 02 2020 Técnicos trabalham em uma oficina da Wuhan Xinxin Semiconductor Manufacturing Co Ltd (XMC) na nova zona de desenvolvimento tecnológico de Wuhan Donghu em Wuhan, capital da província de Hubei, na China Central, 14 de fevereiro de 2020. Recentemente, algumas empresas na nova zona de desenvolvimento tecnológico de Wuhan Donghu também conhecido como China Optical Valley, retomaram a produção em meio ao novo surto de coronavírus foto govcn
Se a produção de veículos ainda segue interrompida em várias fábricas chinesas, as vendas internas no maior mercado automotivo mundial praticamente cessaram nos últimos dias. O surto do coronavirus tem afugentado os consumidores das concessionárias das dezenas de marcas presentes na China.
Segundo a CPCA, Associação de Automóveis da China, os negócios no varejo caíram 92% nos primeiros 16 dias de fevereiro. Em números absolutos: foram vendidoas, diariamente, somente 4,9 mil unidades, contra 59,9 mil nos mesmos dias do ano passado. Neste ritmo, a entidade calcula que as entregas podem cair 70% em fevereiro e até 40% no primeiro bimestre.
A CAAM, Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis, afirmou que o atual quadro sugere que as vendas de carros de passeio tendem a recuar mais de 10% no primeiro semestre e 5% no ano, isso se a epidemia for controlada nos próximos três meses.
Seria um novo é significativo tombo no mercado interno, que já vem experimentado desaceleração nos últimos anos e que registrou queda de 8% só no ano passado, quando perto de 25 milhões de carros de passeio foram vendidos.
O quadro preocupa o governo chinês, que, depois de decidir diminuir incentivos fiscais aos veículos elétricos a partir deste ano, estuda medidas emergenciais e a prorrogação do benefício para aumentar o consumo de automóveis no curto prazo.
HONDA E NISSAN SEGUIRÃO PARALISADAS
Decisões recentes de alguns fabricantes comprovam que os problemas continuam em intensidade preocupante. Nesta sexta-feira, 21, Honda e Nissan adiaram o reinício da produção em suas linhas localizadas na província de Hubei, um dos maiores polos produtores de automóveis do País, e em cidades de províncias próximas. Alegaram o cumprindo de diretrizes governamentais.
A Nissan disse ainda não ter data definida para o retorno, antes previsto para a próxima segunda-feira. Já a Honda antecipou que suas operações em Wuhan, epicentro do surto, permanecerão fechadas pelo menos até 11 de março.
A Toyota, que tem quatro fábricas em Chengdu, cidade da província de Sichuan e a mais de 1,1 km de distância para Wuhan, decidiu voltar ao trabalho no dia 24 de fevereiro. Ainda assim, afirmou, com produção limitada.
Isso porque o fornecimento de autopeças segue prejudicado, quando não interrompido, já que muitos dos milhares de componentes dos automóveis são fabricados exatamente em Wuhan. O quadro de desabastecimento já forçou a parada de linhas de montagem inclusive em outros países, como as da Hyundai na Coreia do Sul e da FCA na Europa.
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Esta semana a Daimler alertou, em seu relatório anual, sobre os perigos que a epidemia pode representar para a economia mundial e seus próprios negócios. O conglomerado alemão produz, em parceria com Beijing, cinco veículos em Pequim, dentre eles o EQC, utilitário esportivo elétrico.
Segundo a montadora, cujo o CEO Ola Kallenius afirmara na semana passada ser cedo para avaliar o impcato da crise, a extensão “[os riscos] podem não apenas afetar o desenvolvimento das vendas, mas também levar a efeitos adversos significativos na produção, no mercado de compras e na cadeia de suprimentos”, além de prejudicar a economia da China e mundial.
Foto: Divulgação/ Governo da China e BYD
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