Indústria

Anfavea defende redução do IOF para aquecer vendas

Brasil deveria adotar medidas emergenciais como já acontece em outros países, afirma entidade

Ao comentar sobre os reflexos do coronavírus no setor automotivo e sobre as dificuldades específicas do Brasil, o presidente da Anfavea defendeu a redução do IOF, Imposto sobre Operações Financeiras, como forma de aquecer as vendas do varejo em geral e contribuir para a tão necessária retomada econômica.

Admitindo as dificuldades fiscais do governo, ele lembrou ser o IOF um imposto regulatório e não arrecadatório, “Se a sua redução gerar maior movimento nas lojas, o governo acaba arrecadando mais com IPI e outros impostos incidentes sobre os produtos”. Estudo da Anfavea mostra que na compra de um carro de R$ 65 mil com financiamento de 80% do valor, o consumidor paga R$ 1.760 de IOF.

O presidente da entidade lembrou que vários outros países estão adotando medidas emergenciais para tentar reduzir os impactos do coronavírus em suas economias, o que ainda não aconteceu no Brasil. O presidente da Anfavea disse já ter conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre essa questão do IOF, assim como também sobre o risco de o coronavírus gerar a paralisação de algumas montadoras e também a respeito da alta do dólar.

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Com relação à moeda estadunidense, Moraes disse concordar com a volatilidade do câmbio, mas acha necessário que o governo busque propostas para que ela não crie mais instabilidade na economia brasileira. Pelas suas contas, a alta de R$ o,60 no dólar este ano – de R$ 4,00 para os atuais R$ 4,60 – gera um custo adicional nas importações do setor da ordem de US$ 8 bilhões. “Isso representa um custo adicional por automóvel de R$ 2,6 mil”.

Moraes também comentou sobre o aumento dos juros de mercado em contraste com a queda da taxa Selic. “Os juros para o consumidor estavam caindo e agora voltaram a subir. Como a inadimplência está sob controle e a Selic caiu, não há sentido nisso”.

Na sua opinião, o Brasil deveria adotar medidas emergenciais como outros países estão fazendo. “A instabilidade afeta a confiança”, enfatizou.


 

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Publicado por
Alzira Rodrigues

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