Indústria

Com Volkswagen e Toyota, seis montadoras já decidiram parar

Empresas ficarão de dez dias a um mês sem produção

Abril deve entrar para a história como um dos meses de menor atividade da indústria automobilística brasileira em suas  quase sete décadas. Isso porque, até o fim de março, a grande maioria — mais provável que todas — das 26 montadoras de automóveis, veículos comerciais e máquinas agrícolas e rodoviárias decretarão férias coletivas e folgas para funcionários de suas fábricas como medida de combate à proliferação do coronavírus.

Somente nos últimos três dias, Mercedes-Benz, General Motors, Volvo, Ford, Volkswagen e Toyota confirmaram que vão paralisar suas linhas por pelo menos dez dias e até um mês. Mas ainda nesta sexta-feira e começo da próxima de  semana essa lista aumentará.

No início da noite da quinta-feira, a própria Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, divulgou nota confirmando que suas associadas estão “se preparando para tomar ações de paralisação das suas fábricas no Brasil, e discutindo caso a caso com seus respectivos sindicatos”.

Minutos depois, Volvo e Volkswagen divulgaram seus planos. A montadora de caminhões, que conta com 3,7 mil funcionários na fábrica de Curitiba (PR), vai fechar a unidade por quatro semanas a partir de 30 de março. É, até agora, o maior período de interrupção anunciado.

As quatro fábricas, o centro de peças e os escritórios regionais da Volkswagen já não terão atividades a partir da segunda-feira (23) e nas três semanas seguintes. Somente funcionários administrativos, de um total de 15 mil empregados, seguirão trabalhando remotamente até 30 de março, quando também iniciarão férias coletivas por duas semanas.

A Ford foi mais além e decidiu pela interrupção dos trabalhos em suas quatro plantas na América do Sul. Além  da fábrica de carros de Camaçari (BA), de motores e transmissões em Taubaté (SP) e Horizonte (CE), base da linha Troller, que já na segunda-feira (23) estãrão paralisadas, a unidade de General Pacheco, na Argentina,  inicia recesso dois dias depois.

As operações brasileiras, afirma a montadora, voltarão ao trabalho, em princípio, no dia 13 de abril. A produção na Argentina deve ser retomada uma semana antes, no dia 6.

Quem deve voltar ao trabalho neste mesmo dia são os empregados das quatro fábricas deautomóveis, motores, transmissões e componentes da Toyota, que estarão dispensados a partir da terça-feira (24), conforme comunicado emitido já na manhã de hoje.

LEIA MAIS

→ Anfavea comunica que todas as montadoras analisam paralisação

→ Coronavírus já pode estar afetando importações de autopeças


Foto: Divulgação/Ford

 

Compartilhar
Publicado por
George Guimarães

Notícias recentes

Volvo garante cinco estrelas no primeiro Truck Safe do Euro NCAP

Novo protocolo de testes de segurança da organização passa por avaliações dos estágios de um…

% dias atrás

Dulcinéia Brant é a nova VP de compras da Stellantis na região

Ela substitui Juliano Almeida, que terá nova posição global na empresa

% dias atrás

Automec 2025 terá 700 expositores de outros países

É um número 20% superior ao da edição de 2023, também realizada no São Paulo…

% dias atrás

Stellantis apresenta a STLA Frame para veículos grandes

Plataforma a bateria da fabricante promete autonomia de até 1.100 km

% dias atrás

Com fraco desempenho de elétricos, mercado europeu cresce 0,7% em 2024

Ford vai demitir 4 mil trabalhadores na região até 2027

% dias atrás

Mercedes-Benz negocia 480 ônibus para BH

Transporte de passageiros

% dias atrás