Após uma primeira quinzena relativamente tranquila, o mercado de veículos despencou na segunda metade do mês. As vendas caíram 90% no Brasil, segundo revelou nesta terça-feira, 31, o presidente da FCA, Fiat Chrysler Automobiles, para a América Latina, Antonio Filosa.
Questionado sobre as expectativas da indústria em relação a 2020, o executivo lembrou que até a metade deste mês o mercado caminhava para a meta de crescimento da ordem de 8%. Mas a partir dos efeitos das medidas adotadas no Brasil, assim como no resto do mundo, para desacelerar a propagação do Covid-19, fala-se agora em queda de 35% a até 60% no acumulado do ano.
“Fazer previsão é difícil, mas diante da situação atual e do que se enxerga para os próximos meses estamos projetando uma queda de 40% nas vendas de veículos em 2020 com relação a 2019. É um número que eu definiria como aceitável dentro do quadro atual”, comentou o presidente da FCA, destacando que 2020 será um ano de sacrifício.
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Se concretizada essa estimativa, as vendas de veículos por aqui cairão de 2,79 milhões de unidades no ano passado para 1,67 milhão este ano. Uma perda acima de 1,1 milhão de veículos. O mercado, na avaliação de Filosa, deve se manter em níveis baixos em abril, com perspectiva de maio ser um pouco melhor. A recuperação poderá vir a partir de junho ou julho, mas de maneira parcial.
As vendas na primeira quinzena de março superaram 111 mil unidades, com média diária de 10,2 mil veículos, indicando desempenho ainda não afetado pela pandemia do novo coronavírus. Com a forte desaceleração na segunda quinzena, o setor deverá ficar longe dos números de fevereiro, quando foram emplacados quase 201 mil veículos.
Foto: Divulgação/Fiat
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