Com Covid-19 e escalada do dólar, entidade questiona até a viabilidade dos associados com produção local manterem atividades
Além de sofrer os reflexos das medidas adotadas no combate ao novo coronavírus, o mercado de carros importados também foi afetado pela forte desvalorização do real. As vendas das 15 associadas da Abeifa, Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, limitaram-se a 2.090 unidades em março, com queda de 21,7% em relação a fevereiro (2.688 unidades) e de 17,2% no comparativo com o mesmo mês do ano passado.
João Henrique Garbin de Oliveira, presidente da Abeifa, explica que nos dois primeiros meses do ano o setor esforçou-se ao máximo para manter os preços estáveis em reais. “No entanto, a partir da declaração oficial da OMS, Organização Mundial da Saúde, no dia 11 de março, de pandemia do coronavírus (Covid-19), aliada à escalada do dólar, as nossas vendas caíram drasticamente”, lamenta o executivo.
Ele lembra que no curto período de 2 de janeiro a 1º de abril a valorização da moeda norte-americana atingiu 30,7%. “Diante do cenário de desaceleração da economia brasileira e mundial nos próximos meses, a Abeifa está preocupada com a própria sobrevivência dos importadores e sua rede de concessionárias e, se confirmadas as projeções de queda nas vendas de automóveis novos este ano da ordem de 40%, como indicam altos executivos de montadoras locais, corremos sério risco também de inviabilizar unidades produtivas”, adianta.
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A Abeifa já pediu ao governo a redução da alíquota de importação dos atuais 35% para 20%, medida que, segundo seu presidente, poderia reanimar o setor, evitar o fechamento de concessionárias e, consequentemente, impedir a dispensa de parte dos 13,5 mil trabalhadores. Segundo Oliveira, os importadores e suas redes vêm seguindo todas as orientações técnicas da OMS e das autoridades brasileiras.
Foto: Divulgação/Jaguar Land Rover
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