O sistema de consórcio no segmento veicular encerrou o primeiro bimestre do ano com números em alta. As adesões avançaram 14,4%, com a venda de 409,71 mil novas cotas, e os créditos comercializados atingiram R$ 14,9 bilhões, com expressivo crescimento de 34,1%.
Por ser referente aos primeiros dois meses do ano, o balanço divulgado nesta segunda-feira, 6, pela Abac, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio, ainda não reflete os efeitos das medidas que estão sendo adotadas no combate ao coronavírus.
Segundo o presidente executivo da entidade, Paulo Roberto Rossi, é prudente imaginar que com a desaceleração das atividades econômicas, os indicadores deverão ser impactados negativamente, acompanhando os indicadores econômicos nacionais.
“Mesmo vendo com bons olhos as deliberações nos âmbitos fiscais, de renda e crédito, como a liberação de recursos para algumas camadas sociais e a concessão de linhas de crédito para folhas de pagamentos de pequenas e médias empresas, além de outras que estão por vir, entendemos ser necessário rever as estimativas de crescimento de 7% a 15% para o segmento de veículos”, comenta Rossi, lembrando que projeções do governo e de outros órgãos indicam que o PIB deste ano poderá zerar ou até mesmo ter uma variação negativa.
Apesar dos números positivos do semestre, houve queda de 4,9% no número de participantes do consórcio de veículos, que baixou de 6,2 milhões para perto de 5,9 bilhões em função do encerramento de grupos no período. O número de contemplações, no entanto, cresceu 7%, para 194,7 mil consorciados em condições de retirar o bem. A participação do consórcio no total das vendas financiadas de veículos chegou a 20,1% no início deste ano.
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