A Toyota do Brasil posterga mais uma vez o retorno à produção. Desde que interrompeu as atividades como medida para combater o avanço do coronavírus, em 24 de março, a fabricante já adiou a volta ao trabalho por três vezes. A primeira data era 6 abril, passou para 22 de abril, e agora para 22 de junho nas unidades de São Bernardo do Campo, Indaiatuba e Porto Feliz (SP), e 24 de junho, em Sorocaba (SP).
Nesta ocasião, no entanto, acordo com o SMetal, Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba de Região, estabelece suspensão temporária de contrato de trabalho a partir de 22 de abril, com salários, benefícios e estabilidade no emprego garantidos pelos 60 dias da suspensão e mais 60 dias após o retorno.
De 75% a 100% do salário preservado
Segundo nota do sindicato, a intenção foi buscar condições melhores que as previstas pela Medida Provisória 936/2020. “Para que os trabalhadores tenham o mínimo de perdas nos salários, a empresa vai utilizar dos valores liberados pelo governo e complementar os salários com dinheiro próprio, garantindo uma renda digna aos funcionários, além de todos os benefícios e a manutenção dos empregos por cerca de quatro meses”, diz Leandro Soares, presidente do sindicato.
De acordo com a Toyota, serão impactados horistas e administrativos de todos as áreas e níveis e preserva os líquidos entre 75% e 100% do seu valor, conforme a faixa de remuneração de cada colaborador.
A empresa ressalta que segue acompanhando o cenário da crise a todo momento e, caso julgue ser seguro retomar as atividades antes do previsto reavaliará o cronograma.
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Foto: Toyota/Divulgação