Mercado

Mercado de veículos seminovos cai 6,9% no trimestre

Medidas de combate ao Covid-19 derrubaram as vendas a partir de meados de março

Como resultado dos efeitos das medidas de quarentena impostas ao comércio em decorrência do Covid-19, o mercado de veículos usados retraiu 12% em março, totalizando 901.058 unidades ante as 1.025.281 de fevereiro. Na comparação com março de 2019, houve queda de 13,3%. No acumulado do primeiro trimestre, os negócios do setor recuaram 5,4% em relação ao mesmo período de 2019, baixando de 2.152.640 unidades para 2.037.164.

Os números divulgados esta semana pela  Fenauto, Federação Nacional das Associações de Revendedores de Veículos Automotores, mostram que no balanço dos primeiros três meses do ano a venda de seminovos, aqueles com até três anos de usado, recuou 6,9%, de 557.423 para 518.802 veículos, enquanto a dos modelos com 4 a 8 anos de uso tiveram queda ainda maior, de 12,6%, passando de 1.343.709 para 1.174.965 .

Já os veículos maduros, como são chamados pela Fenauto os que têm de 9 a 12 anos de existência, ampliaram volume de venda em 5,1%, de 659.272 para 692.883 unidades. E o segmento dos velhinhos, com mais de 13 anos, praticamente ficou estável, com 757.049 transações no trimestre.

Segundo a Fenauto, as duas primeiras semanas de março vinha indicando uma aceleração da recuperação do mercado de usados em torno de 11,4%, mas logo na sequência as vendas entraram em queda, afetadas pelo início da quarentena.

O presidente da Fenauto, Ilídio dos Santos, diz que a situação é inusitada: “Nunca tivemos um acontecimento dessa envergadura e profundidade. A imposição da quarentena, logicamente, trouxe uma redução brutal nas vendas das lojas”, comentou, informando que a entidade está sugerindo a intensificação de ações digitais como leilões on line, visitas agendadas, contatos de fidelidade etc.

“Ainda estamos com os olhos voltados para as estratégias a serem desenhadas para a “saída” da quarentena e a retomada da vida cotidiana das pessoas e o comércio em geral. A economia precisa voltar a crescer”, defendeu o executivo.


Foto: Pixabay

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Redação AutoIndústria

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