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Desobrigação de emplacamento durante a quarentena pode esconder volume até 30% maior
Os registros oficiais indicam que 51.362 veículos foram licenciados no Brasil em abril, o primeiro mês cheio da quarentena contra a proliferação da Covid-19. Trata-se de queda de nada menos do que 77,7% sobre igual mês no ano passado e de 67% na comparação com março. No acumulado dos primeiros quatro meses de 2020, foram negociadas 801,5 mil unidades, 27,2% a menos.
Considerando que as concessionárias estavam fechadas e que as redes investiram nas vendas pela internet e entrega dos carros nas casas dos clientes, o movimento de abril pode até ser considerado razoável. A tendência das vendas virtuais, que já vinham crescendo, apenas se intensificou com a quarentena e fez com que os negócios não caíssem a zero. O fluxo de loja caiu, mas o da internet aumentou.
Mas esses mais de 50 mil licenciamentos podem ser apenas uma parte do volume verdadeiramente vendido. Especialistas do mercado acreditam que os negócios efetuados, de fato, são entre 30% a 40% maiores do que o número de licenciamentos. Ou seja, é provável que as vendas reais em abril atingiram entre 65 mil a 70 mil unidades.
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Isso porque, com a desobrigação de emplacar o veículo OK até 30 dias após a compra, muita gente está rodando sem o documento. Deliberação número 185 do Contran autoriza a circulação sem placa até quando perdurarem as medidas de isolamento por conta da Covid-19. Assim, os carros comprados durante a quarentena poderão rodar sem o documento, bastando apresentar a nota fiscal de compra em caso de fiscalização.
De qualquer forma, os números oficializados pelos licenciamentos são alarmantes. Para se ter idéia: a cidade de São Paulo, que em fevereiro – portanto antes da quarentena – licenciou 52 mil veículos , em abril registrou pouco mais de 400 unidades.
No Estado de São Paulo, somente 72 dos 645 municípios tiveram algum licenciamento no mês passado. Somente 12 “venderam” mais de 10 unidades, número infinitamente inferiores aos registrados em períodos anteriores. Piracicaba foi o município paulista que mais licenciou no mês: apenas 45 veículos, contra média de 600 emplacamentos antes da crise.
Em todo o País, 2.769 cidades registraram licenciamentos de veículos, menos da metade dos 5.570 municípios brasileiros (mais o Distrito Federal). E só 56 tiveram mais de 100 veículos licenciadas.
RANKING DE MARCAS
Embora os números de licenciamentos podem estar abaixo da realidade do mercado, a ordem do ranking de marcas permaneceu praticamente a mesma em relação aos meses anteriores à pandemia, com a GM na liderança com 10.008 unidades, seguida pelas outras duas marcas tradicionais: Fiat, com 7.517, e Volkswagen, com 7.211.
Em seguida aparecem Toyota, Ford, Hyundai e Renault, nesta ordem, todas na faixa das 4 mil unidades, seguidas pela Jeep, com 2.262, a Nissan, 1.730, e Honda, 1,5 mil.
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