Apesar do declínio, desempenho das marcas da empresa na América do Sul foi positivo no primeiro trimestre
Balanço do desempenho financeiro no primeiro trimestre do Grupo Traton divulgado na segunda-feira, 4, revela os impactos negativos provocados pela pandemia do novo coronavírus nos negócios de veículos comerciais. Nos três primeiros meses do ano, as vendas globais acumularam 46 mil unidades, volume 20% inferior ao anotado um ano antes, quando somou 57 mil veículos entregues.
As vendas de caminhões foram as mais afetadas no período, com um declínio de 21% para 42 mil unidades ante 53 mil anotadas no ano passado, enquanto as de ônibus encolheu 4%, com 4 mil unidades negociadas.
Com a demanda em queda, a receita de vendas da companhia alcançou € 5,7 milhões, valor 11% menor em relação ao obtido no primeiro trimestre de 2019, de € 6,4 milhões. Desabou também o lucro operacional, ficando em € 161 milhões, 67% inferior ao registrado no balanço dos três primeiros meses do ano passado, de € 490 milhões.
“Os efeitos da pandemia de coronavírus nos obrigaram a reconsiderar nossas prioridades de investimento e projetos de pesquisa e desenvolvimento”, diz em nota Christian Schulz, CFO do Grupo Traton. “Há um foco claro em proteger a liquidez e estamos nos preparando para um declínio substancial na receita de vendas e no lucro operacional no segundo trimestre. Todos os principais indicadores serão impactados negativamente.”
América do Sul anotou resultado positivo
De acordo com o relatório, por enquanto as vendas das três marcas do Grupo – Scania, MAN e Volkswagen Caminhões e Ônibus – foram piores na Europa, com queda de 31%, para 24 mil veículos. Na América do Sul, no entanto, as entregas cresceram 4%, com 10,8 mil unidades, especialmente pelo desempenho positivo no mercado brasileiro, que absorveu 9,6 mil caminhões e ônibus das marcas no primeiro trimestre, alta de 5%.
A empresa destaca ainda ser impossível estabelecer uma nova estimativa de desempenho para o atual ano fiscal. Segundo Andreas Renscher, CEO do Grupo, a pandemia paralisou a produção de veículos, interrompeu a cadeia de suprimentos e arrefeceu a demanda. “Os efeitos da pandemia de coronavírus estão afetando fortemente a economia como um todo, e isso também vale para o Grupo Traton.”
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Foto: Grupo Traton/Divulgação
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