As exportações de veículos, que já vinham em decréscimo antes da pandemia da Covid-19, despencaram de vez com as dificuldades vividas hoje em diversos países parceiros, em especial Argentina, Chile e Colômbia. Em abril foram embarcas apenas 7,2 mil unidades, um recuo de 79,3% em relação ao mesmo mês do ano passado e o pior volume desde janeiro de 1997.
No acumulado do quadrimestre, as vendas externas totalizaram apenas 96,2 mil veículos, queda de 31% no comparativo com os primeiros quatro meses de 2019, quando seguiram para outros países mais de 139,5 mil unidades. Em valores, as exportações atingiram US$ 2,2 bilhões no primeiro quadrimestre, retração de 33,5% sobre o mesmo período do ano passado. Em 2018, no mesmo intervalo de tempo, o setor havia exportado US$ 5,6 bilhões.
LEIA MAIS
→Anfavea vê “combinação explosiva” de custos com queda do consumo
→Com o pior resultado desde 1957, Anfavea critica condução da crise
→
Além de ter reduzido drasticamente a produção no mês passado, a indústria automobilística brasileira exporta para países que também estão sendo afetados pela pandemia e, por isso, estão com seus negócios paralisados. “Já era esperada essa queda”, comentou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, em entrevista on line nesta sexta-feira, 8.
O executivo também falou sobre a queda nas vendas externas de máquinas agrícolas e rodoviárias, que em abril totalizaram somente 477 unidades, recuo de e 62,1% em reação às 1.258 de idêntico período de 2019. No quadrimestre, a queda é de 28,5%, com os números baixando de 3,9 mil para 2,8 mil máquinas. Nesse caso, há exportações para os Estados Unidos e Europa, envolvendo, dessa formas, países que também enfrentam crise econômica por causa das medidas de combate à Cocid-19.
- Fora do Top 5 do atacado, Creta é líder no varejo em 2024 - 19 de novembro de 2024
- Locadoras garantem alta no mercado automotivo em novembro - 18 de novembro de 2024
- Importações da China elevam déficit comercial das autopeças brasileiras - 18 de novembro de 2024