Empresa apura crescimento no mercado de reposição, mas queda generalizada nos volumes globais de produção compromete o desempenho
A Schaeffler consolidou balanço financeiro do primeiro trimestre com receita por volta de € 3,28 bilhões, valor 9,2% inferior ao gerado nos mesmos três primeiros meses do passado, de € 3,62 bilhões. De acordo com relatório, o faturamento caiu em todas regiões, impacto pelas quedas no volume de produção de veículos: 11,2% na Grande China, 10,4% na Europa, 9,3% na Ásia-Pacífico e 6% nas Américas.
O EBIT antes de itens especiais atingiu € 215 milhões contra os € 272 milhões registrados há um ano, com uma margem de 6,5% ante 7,5% constada no primeiro semestre de 2019. Mais uma vez, a empresa atribui a redução consequência dos volumes baixos nos custos fixos.
No primeiro trimestre, os itens especiais afetaram o EBIT de maneira negativa em € 302 milhões ante € 42 milhões apurados um ano atrás. O resultado anotado foi de um EBIT de € 88 milhões, montante 67,7% inferior ao gerado há nos três primeiros meses do ano anterior, de € 230 milhões.
Segundo Klaus Rosenfeld, CEO da Schaeffler, a pandemia do novo coronavírus impõe desafios sem precedentes, mas que o desenvolvimento positivo do fluxo de caixa da empresa proporciona confiança para superar a crise. “Estamos colhendo os benefícios de termos começado a gerenciar de maneira proativa nossos dispêndios de capital e capital de giro no ano passado. Unido à nossa posição de liquidez e à alta qualidade de nosso balanço. O segundo trimestre será difícil, mas continuaremos a executar com consistência as contramedidas que implantamos”, diz em nota.
O desempenho da empresa no primeiro trimestre apresenta cenários contrastantes. Enquanto o negócio de OEM gerou receita de € 2 bilhões, em queda de 12% em relação ao mesmo período do ano passado (€ 2,28 bilhões), no mercado de reposição o faturamento cresceu 1,5%, para € 446 milhões ante € 443 milhões faturados há um ano. Segundo o relatório, a suspensão temporária das montadoras explica os resultados.
O lucro líquido atribuível aos acionistas antes de itens especiais diminuiu consideravelmente durante o primeiro trimestre de 2020 em comparação com o período do ano anterior, de € 169 milhões para € 103 milhões. O prejuízo chegou a € 184 milhões contra um resultado positivo de € 137 milhões gerado no primeiro trimestre de 2019.
A companhia destaca que com a pandemia em curso e suas implicações econômicas não há como estimar o desempenho da empresa para 2020.
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