Monitoramento encabeçado pela NTC&Logísitica, associação que representa o transportador rodoviário de carga, aponta que na oitava semana de acompanhamento, de 4 a 10 de maio, a demanda por carga caiu 40,5%. Pela análise da associação, o índice é ligeiramente melhor em relação resultado da semana anterior, de queda de 41,4%, o que pode indicar estabilidade.
A pesquisa consolidada pelo Departamento de Custos Operacionais da entidade ocorre desde o 16 de março, nos estágios iniciais do avanço da pandemia da covid-19 no País. Participam da sondagem empresas transportadoras de todos os estados e do Distrito Federal de diversos tamanhos e segmentos. O acompanhamento chega à oitava rodada com pequeno aumento na demanda por duas semanas consecutivas.
“Mesmo que a pesquisa apresente melhora, o número ainda é muito para o transportador de carga”, avalia em nota Francisco Pelucio, presidente da NTC&Logística. “As empresas trabalham com operações de alto custo e isso continua preocupando. Estamos torcendo e trabalhando para que a recuperação total seja sentida em breve.”
Por tipo de carga, a chamada fracionada registrou na semana passada retração de 39,6%, com as entregas em centros comerciais, como shopping centers, liderando o declínio, de 75%. A menor queda, de 13%, foi verificada nas encomendas que chegam para pessoas físicas, demostrando maior atividade do e-commerce.
No que é definido como carga lotação, na qual o veículo parte para atender um único cliente, o volume de carga movimentada caiu 41,1%. Os fretes para os setores automotivos, de eletrônicos e do comércio registraram os maiores declínios, de 57,3%, 57,7% e 58,5%, respectivamente. Em contraponto, as viagens para os segmentos farmacêutico, químico/agroquímico foram a que menos recuaram, 10,5% e 14,9%.
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