Próxima geração do hatch depende de avaliação no pós-pandemia
Não está fácil saber o destino do Gol, modelo mais produzido e vendido na história de seis décadas da indústria automobilística brasileira e que completa exatos 40 anos este mês. A crise das economia global e brasileira trouxe incertezas para os já então definidos planos das montadoras, em especial quanto aos investimentos em produtos. É certo que muitos já foram postergados e outros correm o risco de serem definitivamente engavetados.
O veteraníssimo Gol estava em vias de ter uma nova geração ou ser substituído por outro modelo em 2022. Publicamente, a Volkswagen nunca deixou absolutamente claro o que, de fato, pretendia ou pretenda fazercom ainda seu carro mais vendido.
Porém, no mês passado, Pablo Di Si, CEO da Volkswagen na América Latina, revelou que a empresa congelou todos os projetos e até as discussões já então em curso sobre o novo ciclo de investimento no Brasil.
O atual plano de R$ 7 bilhões se encerra com o lançamento do Nivus, no mês que vem. Daí para frente, vencido o período mais crítico da pandemia, Di Si assegura que tudo será reavaliado. Ou seja, até mesmo a atual geração do Gol pode ganhar uma sobrevida, porque não?
Mais do que ninguém, os funcionários da fábrica de Taubaté, SP, são os grandes interessados nessa definição. E, de preferência, que confirme um novo produto e não apenas a prorrogação da atual geração do hatch, que, mais cedo ou mais tarde, terá seu fim, até mesmo em deferência a tantos serviços prestados.
Projeto nacional, o Gol nasceu com motor 1.3 refrigerado a ar e câmbio de quatro marchas e produzido em Taubaté, unidade inaugurada apenas quatro anos antes para fabricação de componentes e que em 1978 começaria a montar o Passat.
De lá até o mês passado, a Volkswagen fabricou mais de 8,5 milhões de unidades — 190,5 mil na Argentina — do Gol, 6,95 milhões vendidas no mercado brasileiro e 1,5 milhão exportadas para 69 países.
Além dos volumes e dessa longa trajetória produtiva, a maior na história da indústria automobilística brasileira, o modelo ficou marcado também pelo fato de ter sido o primeiro carro brasileiro a contar com injeção eletrônica, na versão esportiva GTI, em 1989, e depois por inaugurar a era dos motores flex, em 2003.
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O Gol também se destaca pela longa liderança de 27 anos consecutivos no mercado brasileiro. Perdeu essa condição somente em 2014, para o Fiat Palio, e nunca mais retornou ao topo do ranking.
Com 81,3 mil unidades, foi o quinto automóvel mais vendido no Brasil em 2019, ainda que líder da Volkswagen. Em 2016, ficou apenas na oitava posição, com somente 57 mil unidades emplacadas, sua pior oclocação desde os primórios da década de 80.
Foto: Divulgação
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