Em entrevista nesta sexta-feira, 22, Bruno Le Maire, ministro das Finanças da França, disse que a Renault pode “desaparecer” se não receber ajuda em breve para lidar com as consequências da crise dos coronavírus. “Sim, a Renault pode desaparecer”, foi enfático.
A montadora deve apresentar em breve detalhes de um plano de corte de custos para economizar 2 bilhões de euros em despesas nos próximos dois anos.
A receita do primeiro trimestre caiu 19%, para 10,1 bilhões de euros, com as vendas na Europa recuando 36%.
Entre as opções, dizem analistas, são considerados o fechamento de várias pequenas fábricas de componentes na França, da unidade de montagem da Alpine em Dieppe, e da histórica fábrica de Flins, nos arredores de Paris.
Le Maire acrescentou que o presidente do Grupo Renault, Jean-Dominique Senard tem o apoio do governo francês e que um empréstimo de 5 bilhões de euros para a montadora segue em discussão.
O ministro afirmou ainda que, em troca de ajuda, o governo busca compromissos das montadoras em veículos elétricos e que elas baseiem atividades de tecnologia avançada na França, dentre outras contrapartidas.
Outro pedido: realocacão da produção de veículos na França. “A Renault está lutando por sua sobrevivência”, disse o ministro.
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