Empresa

Nissan cortará 20% da produção e dos modelos mundiais até 2023

Empresa já anunciou fechamento das fábricas da Indonésia e de Barcelona

A Nissan divulgou nesta quinta-feira, 28, as principais medidas que implementará até o fim do ano fiscal de 2023, que se encerrará no primeiro trimestre do ano seguinte. Na busca para cortar custos e aumentar a eficiência, a montadora vai reduzir sua produção global, o número de veículos no portfólio e até fechar operações consideradas não lucrativas.

Contra a capacidade mundial de 7,2 milhões de veículos disponível em 2018, a empresa pretende chegar a 6 milhões em 2023 e 5,4 milhões daí para frente, um corte de 20%, e, com isso, atingir ocupação média das fábricas acima de 80%.

Já durante o evento de divulgação do plano, no Japão, foi anunciado o fechamento das plantas da Indonésia e de Barcelona, na Espanha. O fornecimento de veículos para o sudeste asiático ficará a cargo da fábrica da Tailândia apenas.

LEIA MAIS

→ Renault-Nissan-Mitsubishi reforçam aliança

→ Nissan prorroga paralisação em Resende por mais um mês

No material digital utilizado na apresentação comandada pelo CEO Makoto Uchida, não constou nenhuma referência específica às operações latino-americanas, a não ser a de que os negócios da marca serão sustentados na região “aproveitando a Aliança”, em referência à parceria global com Renault e Mitsubishi.

De fato, pela estratégia divulgada esta semana pela Aliança Renault-Nissan-Mitsusbishi, a montadora japonesa centrará mais esforços no Japão, China e Estados Unidos. Nas demais regiões, como Europa e América do Sul, a Renault terá papel mais destacada. Todas as parceiras, contudo, desfrutarão de produtos e tecnologias das marcas líderes em cada região.

Para diminuir a complexidade produtiva, também será reduzido, no mesmo período, os números de automóveis  fabricados em todo o mundo dos atuais 69 modelos para 55. Só nos próximos 18 meses serão lançados 12 modelos.

 

ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

 

Muitos deles, daqui para frente, serão elétricos e eletrificados. Até 2023, quando objetiva vender 1 milhão de unidades anuais, a Nissan lançará pelo menos oito veículos elétricos, além de híbridos. No Japão, a chegada de mais dois veículos elétricos e mais quatro veículos e-POWER, aumentará a taxa de eletrificação para 60% das vendas.

O cronograma de lançamentos também estipula a apresentação de 20 modelos com o sistema ProPILOT de assistência de condução ao motorista em 20 mercados nos próximos quatro anos, quando a empresa espera estar vendendo cerca de 1,5 milhão de veículos anualmente com a tecnologia.

Ao implementar todas as medidas, a Nissan pretende alcançar margem de lucro operacional de 5% e participação de 6% no mercado global.

“Vamos nos concentrar em nossas principais competências e melhorar a qualidade de nossos negócios, mantendo a disciplina financeira e focando na receita líquida por unidade para obter lucratividade”, disse Uchida.


Foto: Divulgação

Compartilhar
Publicado por
Redação AutoIndústria

Notícias recentes

Morini anuncia início da montagem de motos em Manaus

A partir de kits CKD, serão fabricados três modelos: X-Cape 650cc, Seiemezzo 650cc e Calibro…

% dias atrás

Bosch vai nacionalizar mais uma etapa do ESP, com produção da ECU em Campinas

Gáston Diaz Perez, CEO e presidente na América Latina, revela faturamento de R$ 10,8 bilhões…

% dias atrás

Alex Pereira é o novo diretor-gerente da SKF Brasil

Executivo será responsável pela Divisão Mercado Industrial

% dias atrás

Inmetro fará testes de eficiência energética no Campo de Provas de GM

A primeira rodada de avaliação contará com 27 modelos, um de cada montadora. Entre eles,…

% dias atrás

Randoncorp fatura R$ 3,2 bilhões no trimestre e cresce 25,8%

"Trabalhamos em diversas frentes para tornar a empresa cada vez mais forte e resiliente”, diz…

% dias atrás

Produção de veículos na Argentina fecha em alta de 9% no 1º quadrimestre

Ritmo das atividades acompanha momento positivo do mercado, que cresceu 77% no período

% dias atrás