Para infelicidade dos fabricantes e concessionárias, o mercado de motocicletas de maio praticamente repetiu o desastroso desempenho de abril, o de menor volume em 24 anos. Praticamemente mesmo! Afinal, a diferença de um mês para o outro foi de apenas 965 unidades a mais: 29.220 em maio contra 28.255 de abril, segundo registros da Fenabrave.

O recuo diante das vendas alcançadas em maio do ano passado, quando mais de 98 mil motos foram licenciadas, superou 70% e acentuou a curva descendente do ano. De janeiro a maio, o mercado interno absorveu somente 304,4 mil motos, 32,4% a menos do que em igual período de 2019 — balanço do primeiro quadrimestre indicava queda de 27%, cinco pontos porcentuais a menos.

Com a maioria dos Detrans sem atuar — em especial os dos maiores mercados consumidores —, naturalmente o número de emplacamentos não poderia ser melhor. De outro lado, a própria indústria não abasteceu as lojas, já que montadoras com participação destacada preferiram manter as linhas paralisadas em Manaus, AM, o grande polo brasileiro de produção de motos e também uma das regiões de maior incidência de contaminação pelo coronavírus no País.

Responsável por cerca de 80% do mercado interno, a Moto Honda, por exemplo, retomou as atividades somente na última semana de maio, após dois meses de paralisação. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2020, a marca negociou 239,5 mil motocicletas, 22,4 mil delas no mês passado.

A vantagem para a segunda colocada,  mesmo assim, segue enorme. Vice-líder histórica, a Yamaha somou 4,6 mil emplacamentos em maio e 45,3 mil ao longo de 2020.

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Foto: Divulgação

George Guimarães
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