Amédia diária de venda de veículos nestes primeiros dias de junho está na faixa de 4 mil unidades, ante pouco mais de 3 mil em maio, cerca de 2 mil em abril e menos de 1,7 mil na segunda quinzena de março. É um indício positivo, na avaliação de montadoras e concessionárias, mas nada que sinalize uma retomada rápida do mercado, até porque antes da pandemia a média diária de vendas estava na faixa de 11 mil a 12 mil veículos, como lembra o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moares.

A nova projeção de mercado interno da entidade que representa as montadoras, divulgada nesta sexta-feira, 5, é de queda de 40% nos emplacamentos em 2020. Ou seja, ao invés do projetado crescimento de 9,4%, para 3.050.000 unidades, a aposta agora é de as vendas limitarem-se a 1.675.000 unidades. Essa estimativa leva em conta uma queda no PIB da ordem de 7% a 7,5%. Ou seja, tudo dependerá do comportamento da economia a partir de agora.

Dentro do contexto negativo do momento, um dado que está sendo comemorado pela Fenabrave é a reabertura, mesmo com limitações, das concessionárias da capital paulista. “Foi uma conquista”, diz o presidente da entidade, Alarico Assumpção Júnior. “Estamos trabalhando por isso faz tempo e a abertura das lojas em São Paulo certamente vai fazer diferença por se o nosso principal mercado no País. A capital paulista é muito importante para o setor.”

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No mês passado foram emplacados 62,2 mil veículos, movimento 12% superior ao de abril, mas 75% abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado. Segundo a Anfavea, foi o pior maio desde 1992. “Ainda é um número bem ruim”, comentou o presidente da Anfavea.

“Teremos neste segundo trimestre do ano um dos nossos piores resultados. No acumulado do ano deixamos de vender perto de 400 mil veículos, uma perda de quase dois meses de venda”, lembra Moraes.

O estoque nas redes e nas fábricas caíram de 237,3 mil para 200,1 mil unidades de abril para maio, mas considerando o atual ritmo do mercado ele é bastante elevado. “O estoque é equivalente a 97 dias de vendas, pelos números atuais, quando o normal é na faixa de 35 dias”.


 

 

 

Alzira Rodrigues
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