A Ford confirmou nesta sexta-feira, 19,  que assinou memorando de intenções para a venda da fábrica o Tabão, em São Bernardo do Campo, SP, com a Construtora São José, especializada em empreendimentos imobiliários logísticos e comerciais de alto padrão. O negócio, cujo valor é de R$ 550 milhões,  já havia sido antecipado pela Prefeitura de São Bernardo do Campo há três dias, época em que a montadora informou que só iria se manifestar no momento oportuno. O negócio envolve R$ 550 milhões.

Segundo a Ford, a conclusão final do processo depende da realização de uma diligência conjunta, que deve ser completada no prazo de cerca de 90 dias. Em nota, a empresa destaca ainda que o acordo é resultado de um processo de seleção que envolveu uma série de potenciais compradores, no qual a Construtora São José apresentou a melhor alternativa para a planta e para a região. A Fram Capital atuou na estruturação financeira e estudos de viabilidade da operação.

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“A assinatura desse memorando de intenções é um passo importante para a concretização da venda da fábrica de São Bernardo”, comenta Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul e Grupo de Mercados Internacionais. “Nós avaliamos uma série de alternativas e acredito que chegamos à melhor solução entre as opções disponíveis para atender as necessidades da região e gerar empregos”.

O executivo lembra que a Construtora São José é uma empresa grande e conceituada, que atua hoje em dez estados brasileiros e conta com um portfólio diversificado de obras. “Tenho certeza de que será importante para São Bernardo do Campo”.

A Ford nada comentou sobre o destino da fábrica do Taboão, que antes produzia o Fiesta e os caminhões da marca, mas a Prefeitura de São Bernardo do Campo informou na terça-feira, 16, que a construtora pretende viabilizar a instalação de uma montadora de veículos no local ou de alguma empresa do setor logístico. Com 1 milhão de m², o terreno em negociação tem 500 mil m² de área construída.

De acordo com o prefeito Orlando Morando, Plano Diretor da cidade determina que o espaço tem de ser utilizado para atividades industriais ou de logística. “Desde o anúncio da saída Ford, que foi de maneira repentina, buscamos por diversos mecanismos a preservação dos postos de trabalho. E, agora, com este negócio, ascende uma esperança para a geração de empregos”, afirmou Morando em nota divulgada na última tgerça-feira.


Foto: Divulgação/Ford

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