Montadora alega "cenário de forte retração" para dispensar 15% do quadro de trabalhadores
Opior dos reflexos da queda do mercado de automóveis por connta da pandemia da Covid-19 começa a ser identificada no setor automotivo. Apenas dois dias antes de encerrar a longa paralisação em Resende, RJ, sua única fábrica brasileira, a Nissan a Nissan demitiu 398 funcionários nesta segunda-feira (22).
A montadora alegou, em nota, que “vem buscando adequar o seu negócio à nova situação do mercado automotivo no Brasil em decorrência dos reflexos da pandemia de Covid-19 e, em função da manutenção do cenário atual de forte retração”. A retomada em Resende seria em apenas um turno
A planta aberta em 2014 é base produtora do já veterano compacto March, do Versa e o Kicks, um dos utilitários esportivos mais vendidos no mercado interno, e conta com cerca de 2,5 mil trabalhadores.
As atividades estavam interrompidas há cerca de três meses, sendo um mês de um deférias coletivas e dois no regime de suspensão de contrato. A empresa pagará todos os direitos, inclusive dois salários adicionais já que aderiu à MP 936.
A produção brasileira de veículos somou 631 mil unidades de janeiro a maio, 49% a menos do que em igual período do ano passado.
A Nissan vendeu 24,9 mil veículos no mercado interno no período, equivalentes a 3,9%. É apenas a décima marca mais negociada. O March, seu modelo mais barato, vendeu somente 1,7 unidades contra 54 mil do Chevrolet Onix, líder entre os hatches pequenos. No ano passado, o modelo somou só 6,9 mil unidades.
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Foto: Divulgação
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