No segmento de caminhões, a categoria de pesados é a que anota a menor demanda, com queda de 60%
Balanço do desempenho das vendas de veículos comerciais na Europa divulgado pela Acea, associação que representa os fabricantes de veículos no continente, reflete mais uma vez a crise provocada pela pandemia da covid-19 nos transportes de carga e passageiros, termômetros da saúde econômica dos países.
No mês passado, a indústria entregou a mercado europeu 123,5 mil vans, caminhões e ônibus, volume 48,6% inferior ao registrado em maio de 2019, quando as vendas alcançaram 240,1 mil unidades. De acordo com a Acea, apesar dos números negativos, o ambiente de negócio sinalizou leve melhora em relação abril devido às medidas de relaxamento no distanciamento social adotadas em diversos países. Naquele mês, as vendas caíram 67%.
Dentre os principais mercados, as maiores quedas foram observadas no Reino Unido, de 74,6%, para 8,8 mil unidades, Espanha, 59% (9,5 mil veículos), Alemanha, 47,9% (20,6 mil), Itália, 36,5% (12,9 mil) e França, 35% (30,9 mil).
No acumulado até maio, os emplacamentos somaram 706,3 mil veículos comerciais ante os 1,1 milhão entregues um ano antes, um declínio de 38,1% nas vendas, encerrando o período com três meses de fortes quedas.
Caminhões pesados puxam queda
Por segmento, os emplacamentos de vans e furgões em maio na faixa de até 3,5 toneladas sofreram um recuo de 46,2%, para 104,3 mil unidades ante 193,9 mil registradas no mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, o declínio chegou a 38,2%, com 580,4 mil veículos contra 938,7 mil registrados um ano antes.
O mercado de caminhões acima de 3,5 até 16 toneladas, faixa que compreende modelos médios e semipesados, as vendas de maio retrocederam 58,2%, de 41,7 mil unidades vendidas no mesmo mês do ano passado, para 17,4 mil veículos entregues. No ano, a queda alcançou 38,6%, com 113,3 mil unidades.
A demanda por caminhões acima de 16 toneladas foi a que mais encolheu dentre os veículos de carga. No mês passado, os 13,3 mil pesados vendidos representaram um declínio de 60,5% em relação às 33,7 mil unidades negociadas em maio de 2019. A retração anotada nos cinco primeiros meses também registrou expressivos 41%, de 151,4 mil unidades vendidas há um ano para 89,3 mil caminhões.
O mercado de ônibus também sente efeitos devastadores da crise, com queda de 61,3% nas vendas, com 1,7 mil unidades entregues em maio. No ano, os 12,5 mil veículos do segmento de passageiros negociados representaram um declínio de 31,8%.
LEIA MAIS
→Acea: Europa já deixou de produzir mais de 1,2 milhão de veículos.
Procedimento de substituição do componente por outro carregado demanda apenas 1 minuto
Empresa também está criando empresa dedicada para o segmento
Operação começa com sensor de NOx para pesados
Empresa muda embalagens para dificultar essa prática e quer crescer 10% este ano no mercado…
Mercado mundial de elétricos, mesmo na China, passa por momentos de incertezas
Anderson Pontalti mostra os avanços da empresa nos últimos dez anos, com operações internacionais triplicadas