Assim como está ocorrendo no segmento de caminhões pesados e extrapesados, também o de motocicletas está enfrentado problemas com falta de alguns modelos nas concessionárias. De acordo com a Fenabrave, há escassez principalmente das motos de baixa cilindrada, que tiveram demanda ampliada em decorrência da expansão dos serviços de entrega (delivery) durante a pandemia.
“Esse segmento teria acelerado mais as vendas não fosse a falta de produtos nas redes”, comenta o presidente da entidade, Alarico Assumpção Júnior. “Com as fábricas paradas e somente agora retornando às atividades, o mercado de motocicletas retraiu 33,9% no primeiro semestre de 2020 sobre idêntico período de 2019, totalizando apenas 350.290 unidades”, informou o executivo.
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Um outro agravante nesse momento, segundo ele, são os problemas de abastecimento de componentes no Polo Industrial de Manaus, AM, que concentra todos os fabricantes de veículos duas rodas. Em junho, foram licenciadas 45.893 motos, 42,7% a menos do que em igual mês do ano passado, que registrou 80.040 motos emplacadas.
No comparativo do mês passado com o anterior houve reação positiva, sinalizando retomada do setor em meio à pandemia da Covid-19. A alta foi de 57% frente ao baixo volume de maio, que teve apenas 29.221 motos emplacadas. “Esse crescimento nos mostra o aumento de demanda, principalmente por motos de até 250 cilindradas, que foi o segmento que mais sofreu com a paralisação das fábricas” , destacou Assumpção Júnior.
De acordo com os registros históricos da entidade, o mês de junho deste ano, para o segmento de motos, ficou na 20ª colocação entre todos os meses de junho e, se considerado o resultado do acumulado, o 1º semestre ocupa a 19ª posição.
Foto: Honda
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