Diante da pandemia vivida atualmente no Brasil e no mundo, o sistema brasileiro de consórcio de veículos até que apresenta números relativamente positivos no ano. Houve queda de 16,9% na venda de novas cotas, com 826,7 mil adesões no acumulado até maio, ante as 995,1 mil do mesmo período de 2019, mas cresceu tanto o montante de crédito liberado como também as contemplações.
Segundo balanço divulgado nesta quinta-feira, 9, pela Abac, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio, o sistema liberou R$ 16,84 bilhões em créditos nos primeiros cinco meses deste ano, crescimento de 20,1% sobre o montante de R$ 14,03 bilhões dos primeiros cinco meses do ano passado. Os números contemplam todos os segmentos veículos, incluindo automóveis, comerciais leves, pesados e motocicletas.
No mesmo comparativo, o número de contemplações teve expansão de 6,6%, passando de 457,6 mil para 487,8 mil. O pior mês para o setor foi abril, por causa principalmente das medidas de isolamento social impostas pela Covid-19. Em maio houve reação e no acumulado do ano o sistema registra alguns números negativos, mas melhores do que os demais indicadores da área automotiva.
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“A reversão da tendência observada em maio, que sinalizou possíveis evoluções para os próximos meses,
deixou o mercado de consórcio otimista”, comenta Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abas. “A retomada das vendas apontou confiança na modalidade e contribuiu para a recuperação de vários setores da economia”.
Na retrospectiva dos acumulados de novas cotas comercializadas no período de janeiro a maio nos últimos dez anos, 2020 alcançou a terceira melhor atuação no período. O número de participantes ativos no sistema atingiu 5,9 milhões este ano, ante os 2,2 milhões registrados em maio de 2019, uma retração de 4,4%. O volume de créditos comercializados caiu 10% no acumulado de 2020, com total de R$ 29,4 bilhões até maio, ante os R$ 32,7 bilhões do mesmo período do ano passado.
O consórcio de veículos pesados continua sendo destaque nessa modalidade de venda. Nesse caso, os indicadores são todos positivos. O número de participantes cresceu 10%, para 350.6 mil, e a venda de novas cotas chegou a 35,9 mil até maio, volume ligeiramente superior ao do mesmo mês de 2019 (35,6 mil). Os créditos negociados atingiram R$ 5,91 bilhões, alta de 3,1% no mesmo comparativo.
O volume de crédito liberado chegou a R$ 3,04 bilhões, alta de 44,1% sobre os R$ 2,1 bilhões até maio de 2019. O tíquete médio evolui 7,4%, de R$ 164 mil para R$ 176 mil.
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