Cronograma do projeto de R$ 200 milhões foi apenas revisto em função da Covid-19
Em tempos de incertezas, congelamento e até cancelamentos de investimentos, a operação brasileira da Meritor acaba de receber a notícia aguardada com expectativa nos últimos três meses: a matriz da empresa nos Estados Unidos confirmou acordo para compra de terreno em Roseira, SP, para erguer sua terceira fábrica no Brasil.
A confirmação da compra do terreno de 160 mil m² dissipou qualquer dúvida sobre a efetivação do investimento de R$ 200 milhões, anunciado em janeiro e um dos maiores do grupo norte-americano em uma unidade industrial em todo o mundo nas últimas duas décadas.
A futura planta de 30 mil m² se dedicará à produção de componentes para veículos comerciais. Dentre eles, eixos dianteiros para veículos 4×4 e parte da nova família de eixos elétricos para os caminhões da Volkswagen, fruto do chamado e-Consórcio, parceria da montadora com vários fornecedores anunciada na Fenatran do ano passado.
O cronograma inicial estipulava obras já a partir de janeiro e inauguração em abril do ano que vem. A empresa não nega que se viu obrigada a reestudar o projeto com o agravamento da pandemia da Covid-19 e da crise econômica no começo do segundo trimestre.
“Embora a pandemia tenha impulsionado a reavaliação do cronograma de implementação, esperamos aumentar a capacidade de produção com uma fábrica automatizada projetada para a próxima geração de eixos”, afirma Adalberto Momi, diretor geral da Meritor na América do Sul.
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Os novos prazos para as obras e o início de operação da futura unidade do Vale do Paraíba, que deve contar com 200 a 250 funcionários e capacidade instalada de 8 mil eixos mensais — 2 mil numa primeira etapa — , ainda não foram definidos e, reconhece a Meritor, dependem do encaminhamento da pandemia no Brasil e potenciais mercados externos.
Há tempos a Meritor acalenta ideia de ter mais uma fábrica no País, além da pioneira de Osasco, SP, onde está a sede da empresa na região, e de Resende, RJ. O sobe-e-desce da economia e dos mercados brasileiro e sul-americanos, entretanto, acabou por postergar a decisão em várias oportunidades, ciclo finalmente encerrado com o anúncio do investimento em Roseira.
Foto: Divulgação
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