Após o tombo sofrido a partir das medidas de isolamento social impostas pela Covid-19, o setor de locação de veículos começa a reagir neste mês de julho. Os números ainda estão bem aquém do período pré-pandemia, mas sinalizam uma retomada e, por isso, são considerados satisfatórios pela Abla, Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis
No caso da demanda por parte dos motoristas de aplicativos, a queda nos negócios chegou a 80% entre abril e junho, com a redução do total de carros alugados para essa modalidade de 200 mil para apenas 40 mil veículos. Em julho verifica-se crescimento de 25%, para algo em torno de 50 mil unidades.
O impacto da pandemia, segundo a entidade, foi ainda maior no aluguel diário para turismo de lazer e de negócios. A retração chegou a 90% na oferta de 480 mil veículos voltados para esse nicho e a recuperação, agora, está na faixa de 15% a 20%.
Na avaliação do presidente do Conselho Nacional da Abla, Paulo Miguel Junior, o pior cenário para as locadoras já passou. “Agora, estamos enxergando uma retomada, mais acelerada em algumas atividades, como a terceirização de frota, na qual tivemos até mesmo um incremento nos contratos. Empresas estão deixando de lado a manutenção de frotas próprias para fazer caixa com esses ativos”, avalia o executivo.
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Por conta da queda da demanda e também da menor oferta das montadoras, que tiveram de suspender atividades para evitar a propagação da epidemia, as locadoras estimam que a idade média da frota do setorm, que hoje gira em torno de 14,9 meses, deve passar para 18 a 20 meses até o final deste ano..
A retração dos negócios das locadoras tem refletidos nas vendas diretas da indústria automotiva brasileira. Os negócios no atacado, que vinham num crescendo nos últimos anos e beiravam 50% das transações totais do setor, tiveram a participação reduzida para 40% em junho, índice que no acumulado do ano está em 43,3%.
Foto: Divulgação/Abla