Vendas de junho na França reagem, impulsionadas por incentivos para modelos de baixa emissão
As vendas de carros novos na Europa encerraram o primeiro semestre em queda de 39,5%, com 5,1 milhões de unidades ante 8,4 milhões de automóveis negociados no mesmo período do ano passado.
Segundo relatório da Acea, a associação dos fabricantes no continente, divulgado na quinta-feira, 16, o resultado carrega quatro meses de baixas consecutivas sem precedentes na região.
Dentre os cinco maiores mercados, a Espanha foi o país que registrou o maior declínio, de 50,9% com 339,9 mil carros vendidos. Em seguida aparecem o Reino Unido, ao anotar retração de 48,5% com 653,5 mil unidades registradas; a Itália, que termina o semestre com queda de 38,6% nas vendas (583,9 mil carros); a França com baixa de 38,6% (715,7 mil unidades); e a Alemanha, que apurou variação negativa de 34,5% com 1,2 milhões da automóveis entregues, 23% do total das vendas no continente.
Somente em junho, as vendas somaram 1,1 milhão, volume 24,1% inferior ao registrado um ano antes, quando chegou perto de 1,5 milhão. Apesar do declínio significativo, o resultado apresenta recuperação em relação ao desempenho de maio, quando apurou queda de 56,8% na comparação anual entre meses.
Segundo avaliação da Acea, embora as concessionárias tenham voltado a operar com fim das medidas de bloqueio contra a pandemia da covid-19, a demanda do consumidor ainda não voltou. Todos os principais mercados continuaram a marcar retrações acentuadas no mês passado. As vendas na Espanha recuaram 36,7%, no Reino Unido 34,9%, na Alemanha, 32,3%, e na Itália 23,1%.
Exceção mostrou o mercado da França, que cresceu 1,2% com 233,8 mil carros vendidos em junho ante 230,9 mil negociados um ano antes. Para a Acea, o resultado pode ser atribuído às novas medidas de incentivo para compra de carros de baixa emissão decretado pelo governo francês no início de junho.
Ranking de fabricantes
O Grupo Volkswagen, apesar da queda de 361% nas vendas, para 1,3 milhão de unidades, termina o primeiro semestre na liderança, com participação de 25,8%, perto de 1,5 ponto porcentual a mais do que tinha no encerramento dos seis primeiros meses do ano passado.
O Grupo PSA, na vice-liderança, registrou na primeira metade do ano 754,9 mil vendas, volume 45,4% inferior em relação ao ano passado, quando anotou 1,3 milhão. O desempenho representou participação de 14,8% das vendas na região. No fim do mesmo período do ano passado, no entanto, registou fatia de 16,4%
O terceiro maior vendedor de carro no continente, o Grupo Renault fechou os seis primeiros meses do ano em queda de 40%, com 524,8 mil automóveis vendidos. O volume representou 10,3% de participação, 0,4 ponto porcentual a menos do registrado um ano antes.
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