A produção e vendas de veículos não devem se recuperar globalmente antes do quarto trimestre deste ano e o aumento da capacidade produtiva será em ondas, variando, e muito, de uma região para outra.  Essas são duas das principais conclusões da 21ª edição “Pesquisa Global com Executivos do Setor Automotivo 2020”, realizada pela KPMG em todo o mundo

A consultoria ouviu cerca de 2 mil consumidores e mais de 1,1 mil executivos dos setores automotivo e de tecnologia em trinta países. A maioria dos dirigentes, 59%, de empresas com faturamento superior a US$ 1 bilhão e outros 22% de corporações que faturam mais de US$ 10 bilhões anuais.

Os dados foram coletados ainda em fevereiro, sem, portanto, o conhecimento da real dimensão dos impactados da pandemia em boa parte dos mercados. Ainda assim, já então a percepção dos entrevistados era de que a Covid-19  mudará a demana e representará oportunidades para os fabricantes de veículos, pois boa parte das pessoas deve  optar pelo carro próprio, em vez do transporte público, na busca por maior segurança.

“Os consumidores consideram mais que nunca os veículos como um meio de proteção pessoal. É aqui que os fabricantes devem se reposicionar e intensificar o relacionamento com eles. Em períodos de incerteza e de aumento da conscientização de custos pelos consumidores, isso inclui o desenvolvimento de ofertas contratuais flexíveis e acessíveis para novos veículos, principalmente nos produtos de entrada”, pondera Ricardo Bacellar, sócio-líder do setor de Industrial Markets e Automotivo da KPMG no Brasil.

Um dado supreeendente explicitado no levantamento: 20% dos clientes ouvidos disseram que não comprarão um carro on-line. Outra percpeção é de que as empresas terão necessariamente que gastar mais com marketing para convencer potenciais compradores a adquirir um veículos em um momento de incertezas.

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Foto: Divulgação

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