A Volkswagen Caminhões e Ônibus e a CPFL Energia, empresa do setor elétrico, selaram parceria em pesquisa e desenvolvimento no campo da mobilidade elétrica. O projeto prevê a criação de um laboratório em Indaiatuba (SP), cidade na qual a companhia de geração e distribuição de energia tem unidade operacional, meta de eletrificar 100% a frota de veículos e desenvolver sistemas de recarga.
Segundo a CPFL, a iniciativa tem uma visão de longo prazo com o objetivo de identificar tendências e novos negócios. “Até 2024 a empresa tem planos de investir mais de R$ 96 milhões em projetos para fomentar a mobilidade elétrica no Brasil por meio do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica)”, conta Renato Povia, diretor de Estratágia e Inovação da CPFL. “O projeto de Indaiatuba em parceria com a Volkswagen Caminhões e Ônibus faz parte desta iniciativa.”
e-Delivery ganha mais protagonismo
Na parceria, a VWCO será fornecedora dos caminhões elétricos e-Delivery além de responder pelos serviços de engenharia, treinamento de motoristas, orientações de segurança, acompanhamento de teste, suporte no desenvolvimento dos implementos e estudos relacionados à operação dos caminhões.
“A eletromobilidade é um dos pilares do Grupo Traton, do qual faz parte a Volkswagen Caminhões e Ônibus. Por isso somamos forças para tornar viável a produção e aplicação dos primeiros caminhões elétricos desenvolvidos e feitos no Brasil”, resume Roberto Cortes, presidente e CEO da VWCO.
No projeto também participam a Siemens, com desenvolvimento e aplicação de carregadores, o Senai Cimatec, encarregada de desenvolver os implementos, cestos aéreos, por exemplo, e o Gesel, Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro, o braço acadêmico do projeto, respondendo sobre impactos ambientais, regulação e incentivos e experiência do usuário.
A VWCO prepara a fábrica de Resende (RJ) para a produção de caminhões elétricos em parceria com um consórcio de empresas fornecedoras, criado exclusivamente com esse objetivo. A operação era para começar no último trimestre deste ano. A pandemia da covid-19, no entanto, atrasou o planejamento. A estimativa agora é para o primeiro trimestre do ano que vem.
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Foto: VWCO/Divulgação