Oaumento das compras online e a necessidade de recuperar capital de giro em tempos da pandemia da Covid-19 está gerando bons negócios para empresas especializadas na gestão e locação de frotas de veículos para clientes corporativos. A Ouro Verde, que atua no setor há 45 anos, revela alta de 30% nas consultas de clientes interessados na terceirização de pesados e vê boas perspectivas também no segmento de leves.
Um dos diferenciais da empresa é a oferta da modalidade Sales Leaseback, ou seja, a Ouro Verde compra toda a frota do cliente e passa a alugar os mesmos veículos para ele. Outro produto diferenciado é o Ouro Revenda, em que é possível comprar a frota do cliente e então terceirizá-la, colocando carros 0 Km em suas operações.
“Um dos grandes problemas de quem já tem os ativos é conseguir vendê-los. Assim, com esse serviço, o empreendedor pode receber o valor dos carros à vista ou abater nas mensalidades da frota que decidir adotar”, explica Andre Scotti, gerente geral comercial de locação de leves da Ouro Verde.
Na avaliação do executivo, a pandemia da Covid-19 está contribuindo para disseminar no Brasil a cultura da terceirização de frota, muito mais comum na Europa e Estados Unidos do que por aqui. A Ouro verde tem uma frota de 22 mil veículos leves e 3 mil caminhões, números que devem crescer a partir de agora. Os setores de maior demanda atualmente são agronegócio, farmacêutico, distribuição de alimentos, logística de bens de consumo urbana, rodoviário, elétrico e de saneamento.
“Neste período de pandemia, em que muitas empresas tiveram impacto em seus rendimentos, o aluguel têm sido uma opção recorrente”, comenta Marluz Renato Cariani, gerente geral comercial de locação de pesados da Ouro Verde, ao revelar o crescimento de 30% nas consultas e no fechamento de negócios envolvendo caminhões nos últimos três meses. “Estamos sensibilizando os nossos clientes para investir em seus negócios e deixar que nós investimos na sua frota'”.
Scotti, responsável pela área de veículos leves, não revela números de expansão nesse segmento. Mas garante que a procura cresceu em função principalmente da maior demanda por delivey neste período de isolamento social imposto pela Covid-19. Dentre vários exemplos, ele cita o caso de um pet shop, que ao deixar de receber clientes no estabelecimento pode direcionar sua equipe para fazer entregas em casa.
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“Neste caso, a opção pela terceirização de veículos é importante tanto para manter os colaboradores na empresa, direcionados para novas atividades, como para viabilizar a sustentabilidade do negócio”, explica o executivo. “No momento estamos negociando com uma empresária que tem restaurantes japonês em São Paulo e não quer usar os aplicativos já existentes de entrega, porque esse tipo de comida exige cuidados extras, como a não mistura de alimentos frios com os quentes. As pessoas e as empresas estão se reinventando nesta pandemia”.
Os principais benefícios da terceirização de frota, segundo Scotti, são poupar capital de giro, liberar fluxo de caixa e não ficar com crédito tomado no mercado, dentre outras. “A terceirização de veículos pode ser feita para empresas de todos setores e portes, desde uma mercearia que precise de uma van ou caminhão pequeno para realizar suas entregas até uma indústria de alimentos e bebidas que necessite de uma frota maior para transporte de suas cargas.
Há 45 anos no mercado brasileiro, a Ouro Verde foi recentemente adquirida pela canadense Brookfield, que está presente no País há 120 anos. Com portfólio de mais de US$ 500 bilhões em ativos em todo o mundo, a Brookfield soma cerca de R$ 100 bilhões no Brasil, com presença em 20 Estados e total de 20 mil funcionários. Só na Ouro Verde são 1,5 mil colaboradores.
Foto: Divulgação/Ouro Verde
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