A pandemia não alterou o cronograma de lançamentos da Case IH no Brasil e nesta segunda-feira, 4, a divisão da CNH Industrial promoveu seu maior lançamento conjunto de produtos em sua história no País. De uma única vez, apresentou duas colheitadeiras, além de um pulverizador e uma plantadeira, que começaram a ser vendidos em maio.
Os novos produtos já integravam pacote de investimentos da CNHi, anunciado em 2019, e que contempla cerca de US$ 5,6 bilhões para um período de cinco anos, para quando o grupo projeta crescimento anual mundial médio de 5%. Ainda assim, mediante a drástica mudança da economia mundial em 2020 em decorrência da pandemia, a CNHi assume que tem reestudado seus planos.
Curiosamente, porém, a Case IH comemora seu melhor primeiro semestre da história no Brasil, com vendas crescentes de colheitadeiras e tratores. Sem revelar números absolutos, assegura ter alcançado o maior volume de tratores dos últimos seis anos e o segundo maior de colheitadeiras de sua história aqui.
Suas vendas de colheitadeiras no varejo cresceram 6,5% no primeiro semestre, enquanto as de tratores subiram quase no mesmo ritmo: 6%. Um promissor sinal de que a curva ascendente deve continuar, segundo Christian Gonzales, vice-presidente para a América do Sul: produtores já têm comercializado até duas safras antecipadas.
O executivo vislumbra a continuidade do crescimento em 2020 e também no ano que vem, com a demanda mundial por commodities agrícolas em alta e estoques em baixa em decorrência da quebra de produção de outros polos produtores, especialmente Estados Unidos e China.
Os lançamentos das colheitadeiras Axial Flow S150 e 25, fabricadas em Sorocaba, SP, se destinam exatamente às culturas de grãos, produtos com forte demanda no mercado global. Já a plantadeira dobrável Fast Riser 6100 e o novo pulverizador Patriot 350 que saem da unidade de Piracicaba.
O mercado interno total de máquinas agrícolas ficou em 19,6 mil unidades nos seis primeiros meses de 2020, aponta levantamento da Anfavea. O resultado é apenas 1,3% menor do que o alcançado no mesmo período do ano passado, um quadro muito diferente do registrado, por exemplo, pela indústria de caminhões, que amargou queda de 19%, e especialmente pelos fabricantes de automóveis, que contabilizaram redução de 38% nas vendas nos seis primeiros meses do ano.
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