Fenabrave verifica aumento na aprovação do crédito de três para sete a cada dez solicitações
As vendas veículos no mês passado anotaram alta de 43,6% em relação a junho, com 299,1 mil automóveis, comerciais leves, ônibus, motocicletas e implementos rodoviários, segundo balanço dos emplacamentos divulgados pela Fenabrave na terça-feira, 4.
Dentre o conjunto de fatores que aqueceram as vendas em julho, o crescimento na aprovação de crédito é um dos que mais contribuíram com o desempenho.
De acordo com Alarico Assumpção Júnior, presidente da federação que representa o setor de distribuição, ocorreu um aumento significativo na liberação do crédito. “Até o fim de maio, de cada dez cadastros, apenas três eram aprovados. No mês passado, passou para sete a cada dez. Repete-se o número observado na saída da crise anterior, a partir de 2016.”
Apesar das condições limitantes provocadas pela pandemia da covid-19, o representante da Fenabrave enumera ainda a taxa de juros baixos, a inadimplência em queda, o aumento do índice de confiança e a abertura de parte da rede das concessionárias do País como pontos favoráveis pelo desempenho positivo no mês passado.
Concessionárias apuram mais movimento
“Depois de o setor praticamente ficar sem operar, com 100% das concessionárias fechadas, chegamos hoje com 86% da rede de 7,3 mil lojas abertas. Mesmo com limitações de horários, o número de pessoas nas concessionárias aumentou em 70%. Até então tínhamos identificado uma queda de 80% nas visitas, apenas 20 clientes de cada 100.”
A aumento na movimentação se revela nos números. As vendas de automóveis e comerciais leves em julho saltaram 32,8% em relação a junho. Foram emplacadas pouco mais de 163 mil unidades contra 122,7 mil registros em junho.
Em relação ao mesmo mês do ano passado, no entanto, quando os licenciamentos somaram 232,2 mil unidades, se manteve uma queda expressiva de 29,7%. No acumulado dos sete primeiros meses o declínio chega a 37,4%, com 926,3 mil emplacamentos.
“Não podemos deixar de considerar a base de comparação e o setor que caminhava para registrar mais uma alta na recuperação. Mas julho se mostrou extraordinário, acima do que esperávamos”, resume. “Ainda nos falta previsibilidade, porém devemos registrar um segundo semestre melhor e fechar o ano com queda entre 35% e 36%.”
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