Resultados do setor automotivo apresentados pela Anfavea na sexta-feira, 7, revelam que o agronegócio segue com as atividades aquecidas. As vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias em julho somaram 4,5 mil unidades, altas de 15,6% em relação ao junho, com 3,9 mil equipamentos, e de 14,4% sobre o mesmo mês de 2019, quando o mercado absorveu 3,9 mil unidades.
Segundo as estatísticas da associação, o mês passado anotou o melhor número de vendas desde setembro de 2019 e melhor julho desde 2018. De acordo o vice-presidente da Anfavea para o segmento, Alfredo Miguel Neto, o desempenho positivo é proveniente de um conjunto de fatores, como a maior demanda por alimentos, a disponibilidade de recursos, as exportações agrícolas e a estimativa de mais uma safra recorde de 251 milhões de toneladas, com aumento de 3,9%.
“O Plano Safra deu segurança para o produtor comprar. Somente em julho o desembolso teve um aumento de 50% em relação ao ano passado, para R$ 24 bilhões. Também o valor bruto da produção agrícola cresceu 8%, a China continua comprando e exportações de soja anotaram alta em torno de 42%, para 61,9 milhões de toneladas”, resume Miguel Neto.
O segmento de máquinas foi único até agora a registrar, ainda que pequeno, um crescimento na comparação entre os acumulados dos anos. Nos sete primeiros meses a alta foi de 1,3%, para 24,1 mil unidades ante 23,8 mil entregas registradas doze meses antes.
As exportações de máquinas também movimentaram mais o segmento em julho, com alta de 39,4% sobre junho, com 856 unidades embarcadas. Segundo o representante da Anfavea, as remessas foram basicamente para apoiar a produção agrícola da Argentina. Nas comparações com julho de 2019 e entre os sete primeiros meses, no entanto, os resultados seguem no campo negativo de 40,5% e de 32,8%, respectivamente.
Os crescimentos mensais nas vendas internas e externas contribuíram com salto na produção de máquinas de 53,8%, de 3,3 mil unidades montadas em junho para 5,1 mil em julho. O volume, porém, foi 17% menor em relação ao mesmo mês de 2019. No acumulado também se manteve negativo em 21,5%, com 24,2 mil unidades produzidas.
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Foto: Case IH/Divulgação
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