Acordo aprovado pelos funcionários prevê pagamento do PPR e prorroga por 60 dias suspensão do contrato de trabalho
Os trabalhadores da fábrica da Bosch de Sorocaba, no interior paulista, aprovaram acordo que envolve a prorrogação por mais 60 dias da suspensão do contrato de trabalho, pagamento do PPR, Programa de Participação dos Resultados, e um plano de PDV, Programa Demissão Voluntária, cujo prazo para adesão se encerra nesta sexta-feira, 14.
A primeira parcela do PPR será quitada ainda neste mês e a segunda, após aferição das metas, em janeiro de 2021. Todos os funcionários da produção que não aderirem ao PDV têm garantia de estabilidade de emprego até dezembro. De acordo com a Bosch, as medidas anunciadas esta semana foram necessárias devido à queda no volume de produção, que se agravou recentemente por conta da crise no setor automotivo e da pandemia da Covid-19.
Em nota, a empresa destaca que nos últimos meses implementou diversas medidas com o intuito de minimizar os impactos nos empregos, como férias coletivas, layoff, redução de jornada e salário, dentre outros. “Mas foram necessárias ações adicionais para adequação ao novo patamar de demanda do mercado”.
Além do recebimento de todas as verbas rescisórias conforme previsto em lei, o pacote de PDV inclui extensão do vale alimentação até janeiro de 2021, garantia de assistência médica até dezembro próximo e pagamento da 1ª. parcela do PPR junto à rescisão.
O acordo foi aprovado em votação online realizada pelo SMetal, Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, na quarta-feira, 12, e quinta-feira, 13. Segundo a entidade, foram 97,5% votos favoráveis à proposta anteriormente negociada com a fabricante de autopeças que lá produz sistemas de direção para veículos comerciais.
O presidente do SMetal, Leandro Soares, informa que, durante as negociações do acordo, a empresa expôs a todo momento a necessidade de cortes na planta local, devido a um excedente de funcionários. O próprio Sindicato propôs, então, a abertura de um PDV para evitar que as demissões fossem efetivadas compulsoriamente, dando a oportunidade dos trabalhadores interessados aderirem ao plano.
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O pacote negociado pelo SMetal para minimizar os impactos da demissão na vida dos metalúrgicos da Bosch segue os parâmetros adotados para os 100 ex-funcionários da ZF do Brasil, desligados na semana passada. De acordo com Leandro, o processo de negociação do acordo de PPR tanto na Bosch quanto na ZF do Brasil foi bastante difícil.
“Com toda essa situação econômica nada favorável, nosso objetivo foi não só o de garantir o benefício, que é fruto do trabalho desses funcionários, mas também oferecer proteção à saúde e ao emprego e uma renda digna dos trabalhadores da fábrica”.
Foto: Divulgação/SMetal
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