Vendas da montadora alemã recuaram 10% até julho, um quarto da média do mercado
Seu modelo mais barato custa R$ 200 mil e, ainda assim, após os sete primeiros meses de 2020, a BMW conseguiu ultrapassar a Peugeot no ranking das marcas mais vendidas no mercado brasileiro, mesmo incluídos os comerciais leves da concorrente.
Com os 1.381 licenciamentos registrados em julho, a montadora alemã acumulou 5.978 unidades negociadas no ano e alcançou a 14ª colocação por meros 12 veículos a mais do que a Peugeot. Contabilizados apenas os carros de passeio, porém, a BMW já vinha ocupando a atual 13ª posição e a ultrapassagem sobre a marca francesa desde abril.
O segundo trimestre foi absolutamente diferente para as duas empresas. Enquanto a Peugeot somou apenas 975 automóveis de passeio de abril a junho, contra mais de 2,5 mil no primeiro trimestre, a BMW vendeu 2,1 mil unidades, ante 2,5 mil de janeiro a março.
As participações das duas marcas também tiveram comportamento bastante distintos no período marcado por concessionárias fechadas e produção interrompida. Se até março Peugeot e BMW detinham 0,56 % das vendas, após sete meses a marca alemã avançou para 0,77% enquanto a penetração da concorrente ficou estagnada.
Mais do que colocá-la à frente de uma marca de volume, os números acumulados de 2020 representam queda de vendas da BMW o ano de cerca 10%, muito inferior à média de 39% registrada pelo mercado de automóveis até julho.
O resultado é significativamente melhor ainda do que o das principais concorrentes, que, apesar de também registrarem recuos inferiores ao mercado total, têm variações negativas bem mais indigestas.
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A Mercedes-Benz, segundo calocada no segmento atrás da BMW, vendeu 5 mil unidades de janeiro a julho, 28% abaixo do que em igual período de 2019. Volvo (3,4 mil) e Audi (3,2 mil) negociaram 25% e 30% veículos a menos.
Pela diferença estabelecida até julho e também pelas várias novidades nos showrooms de sua rede, é quase certo que a BMW encerrará 2020 mais uma vez à frente do seleto time das marcas premium, como aconteceu em 2019, quando quebrou a hegemonia da Mercedes-Benz de cinco anos consecutivos.
Foto: Divulgação
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