Além do seu tradicional balanço mensal de vendas, a Fenauto, entidade que representa o segmento de lojistas de veículos multimarcas, passou a divulgar acompanhamento semanal do mercado para vislumbrar o ritmo de retomada do setor após a forte crise de abril e maio, quando foram implantadas, em todo o País, medidas de isolamento social por causa da Covid-19.

Confirmando projeção feita em julho, a entidade constatou a retomada do ritmo pré-pandemia na segunda semana deste mês de agosto, quando as vendas diárias superaram 60 mil veículos seminovos e usados, praticamente igualando-se ao nível registrado na primeira quinzena de março. Os dados contemplam todos os segmentos veículos, incluindo leves, pesados e também motocicletas.

Foram comercializadas 60.024 unidades/dia na segunda semana deste mÊs, 7,1% a mais do que na semana anterior. Na primeria quinzena de março, as vendas diárias atingiram 60,9 mil. “Com os números normalizados, o desafio agora a ser enfrentado é a falta de veículos no mercado para atender à demanda”, revela Ilídio dos Santos, presidente da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores.

Segundo ele, os resultados atuais mostram aforça do setor e sua capacidade de recuperação após um período prolongado de isolamento e fechamento do comércio: “Com a diminuição da velocidade da propagação do vírus em vários Estados, além do relaxamento da quarentena em diferentes setores da economia, as perspectivas continuam otimistas”.

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De acordo com o executivo, o uso intenso de ferramentas digitais por parte dos lojistas foi fundamental para impedir a paralisação total do mercado e garantir a retomada em ritmo mais rápido do que o verificado em outros segmentos, inclusive no de 0 km.

Na sua avaliação, parte dos consumidores utilizou sistema online para adquirir carros nos meses mais críticos do mercado e outra parte, que havia adiado decisão nesse sentido, está agora procurando as lojas para encontrar o veículo que deseja.

A Fenabrave, que também acompanha o mercado de usados, chegou a divulgar no início da pandemia a existência de um movimento de troca com troco, ou seja, o consumidor trocava um veículo mais novo por um mais velho para fazer caixa e equilibrar seu orçamento. Esse comportamento gerado pela pandemia certamente tem ajudado o mercado de usados a recuperar-se mais rápido que outros setores econômicos.


Foto: Pixabay

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