Debater e questionar o futuro da indústria automobilística brasileira é a base do Projeto AutomotiveRestart, lançado nesta segunda-feira, 24, pela Bright Consulting, que coordenou estudos de um grupo de especialistas da área que, após 12 meses de estudos, produziu uma coletânea de 31 artigos que questionam o rumo incerto do setor.
Os artigos estão agrupados em quatro pilares: Entendendo a magnitude da disruptura, com 14 papers, Sustentabilidade e Rota Tecnológica, ambos com quatro análises cada, e O restart da indústria automobilística, com nove trabalhos. A Bright Consulting vai distribuir, a partir do dia 25 de agosto e por oito semanas consecutivas, quatro artigos por meio de sua Newsletter Experience.
Após a distribuição dos newsletters de cada pilar aos principais executivos da cadeia automotiva brasileira, será promovido um webinar, a princípio em São Paulo. Na impossibilidade de um evento presencial, haverá um webinar de fechamento do projeto, com o apoio institucional da ABDI, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Fundação Vanzolini, Sindipeças/Abipeças e Única, União da Indústria de Cana-de-Açúcar. Também haverá apoio das empresas Bosch, Brembo, Datagro, GKN Automotive e Umicore.
“A pandemia por Covid-19, declarada no dia 11 de março último, na realidade só acelerou a reflexão sobre as questões cruciais do setor automotivo mundial, mas em especial do Brasil, porque temos uma capacidade instalada de cerca de 5 milhões de unidades/ano, com capacidade ociosa superior a 50%, nenhuma montadora puramente nacional e com forte influência das matrizes em relação à eletrificação veicular”, enfatiza Paulo Cardamone, CSO da Bright Consulting.
Na sua avaliação, deveria estar em debate o papel da engenharia automotiva brasileira diante das soluções nacionais. “Afinal, temos termos uma das matrizes energéticas mais diversificadas do mundo, em especial os biocombustíveis”.
Ricardo Abreu, um dos coordenadores do projeto e consultor-associado da Bright Consulting, diz que o AutomotiveRestart serve de base para saber se o País quer ou não ter um polo produtivo de automóveis. “Se queremos, não podemos aceitar integralmente os projetos de eletrificação veicular, e sim orientar o desenvolvimento da propulsão veicular no Brasil para a trajetória de migração da combustão interna para a bioeletrificação (híbrido flex) até a célula de combustível. Esta será a diferença entre sermos motoristas ou passageiros e ainda só importadores de autoveículos”.
Foto: Divulgação/Bright Consulting