Antiga pauta da indústria de veículos comerciais volta ao debate como solução para enfrentar os impactos da pandemia
O tema não é novo e, por mais que volte a ser discutido de maneira frequente, um programa efetivo de renovação de frota ainda descansa em gavetas.
Representantes da indústria de veículos comerciais reunidos em live promovida pela agência de notícias Automotive Business, na quarta-feira, 26, no entanto, acreditam que o atual momento nunca se mostrou tão apropriado para se introduzir uma ferramenta de substituição de veículos velhos por novos.
Para os representantes, diante da imensa dificuldade de estimar os desdobramentos causados pela pandemia no transporte em futuro próximo, um programa de renovação de frota daria novo fôlego à indústria.
“No médio prazo, (a renovação de frota) traz impactos que só beneficiam a cadeia logística, pois tende diminuir a frota com aumento de eficiência”, avaliou Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing da Mercedes-Benz. “Promove também melhorias no meio ambiente, na segurança e é capaz de preservar os níveis de produção.”
“Embora se discuta há muito tempo, o momento é agora”, reforçou Ricardo Alouche, vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen Caminhões e Ônibus. “Já existe um programa desenhado muito consistente com participação de diversas representações, de sindicatos à indústria. É um incentivo estratégico em suporte ao transportador com impactos no chão das fábricas.”
Para Ricardo Barion, diretor comercia da Iveco, a renovação de frota seria medida que intensificaria vendas ante a necessidade simultânea de investir em tecnologias para reduzir emissões de poluentes a fim de atender à nova fase do Pronconve, em 2022. “Neste momento desafiador seria mais lógico para melhorar o meio ambiente, alavancar o mercado e diminuir a idade da frota de caminhões.”
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