Alonga história das station wagons nacionais chegou ao fim oficialmente em julho, quando, segundo registros da Fenabrave, foram licenciadas as últimas 9 unidades da Fiat Weekend, modelo que saiu de linha em janeiro após 23 anos. Em agosto, somente 21 station wagons chegaram às ruas: 21 da Audi e 14 da Volvo, todas importadas.
Desde o fim da década de 50, a indústria automobilística produzia as chamadas peruas, como ficaram conhecidos em muitas regiões esses modelos que privilegiam o espaço para bagagens. Vale lembrar, dentre elas, as pioneiras DKW Vemaguet ou as Volkswagen TL e Variant, Ford Belina, Chevrolet Caravan e Fiat Panorama, só para ficar em um reduzida lista dos vinte primeiros anos.
Mas quantidade até superior pode ser relatada da década de 80 até 2010, sem contar a farta oferta de modelos importados. Em 2007, por exemplo, os consumidores podiam escolher entre quinze modelos de oito marcas, sete deles nacionais: as médias Fiat Palio Weekend, VW Parati, VW Space Fox e Peugeot 206 SW ou as grandes Toyota Fielder, Fiat Marea Weekend e Renault Megane.
Já em 2012, apenas quatro peruas nacionais ainda eram vendidas, portfólio reduzido pela metade dois anos depois. Desde então, somente a Fiat Weekend e a Volkswagen Spacefox, modelos médios, tinham lugar nas linhas de montagem daqui, mesmo assim muito diminuto, quase insignificante nos últimos cinco anos.
O surgimento dos monovolumes antes e a explosão da preferência por utilitários esportivos a partir de meados da última década foram determinantes para a longa agonia das station wagons no Brasil. O segmento, que representava quase 5% das vendas totais de veículos nos primeiros anos deste século, viu sua participação encolher para 2,6% em 2010 e somente 0,7% em 2015.
No ano passado, foram negociadas 5,5 mil peruas no mercado interno, quase 3,2 mil do modelo da Fiat. Em 2020, de janeiro a agosto, os emplacamentos somaram precisamente 353 unidades, sendo 130 unidades da Weekend, 5 da Spacefox, além de 144 Audi A4 Avant e 74 Volvo V60.
Ou seja, daqui para frente, a menos que se disponha de pelo menos R$ 220 mil para dar em troca dos modelos da Audi ou Volvo, quem desejar andar de perua por aí terá como opção as usadas. E antes que acabem!
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Foto: Divulgação
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