Empresa espera que hatch cause tanto impacto quanto o pioneiro 206 nacional
Lançado no Brasil nesta terça-feira, 8, o novo 208, mesmo fabricado na Argentina, é considerado pela Peugeot como o primeiro modelo de um novo fase da marca no Brasil. Com minguadas participações abaixo de 1% no mercado interno nos últimos anos, a marca não tinha uma novidade com esse potencial de vendas desde 2013, quando justamente a primeira geração do hatch, então de produção nacional, chegou às revendas.
Há tempos Ana Thereza Borsari, diretora geral da Peugeot no Brasil, não desmonstrava tanta expectativa com um automóvel. “O 208 representa o começo de um novo ciclo, sinaliza como a marca vê o nosso futuro”, afirma a executiva, que admite que, além das versões flex e da anunciada e-GT, totalmente elétrica, uma opção híbrida não deve demorar.
Apesar do otimismo com o hatch, a principal responsável pela Peugeot no País não é nada objetiva quanto às projeções de vendas do modelo que já está disponível na rede de concessionárias. Limita-se a afirmar apenas que a marca perseguirá de 5% a 6% do segmento que nomeia como hatches compactos premium.
É um universo amplo e de difícil definição, com opções que começam acima dos R$ 50 mil e seguem até R$ 100 mil e que, no entender da Peugeot, exclui apenas as versões de entrada, normalmente de acabamento mais simples, com menos itens de série e motor 1.0.
De concreto mesmo é que a nova geração do 208 precisa resgatar a participação do hatch — e da marca!!! — no Brasil, que se limitou a 5,6 mil unidades negociadas em 2019, apenas 0,75% dos 745 mil hatches compactos vendidos, segundo classificação da Fenabrave. No acumulado de 2020, já com o fim, em março, da produção em Porto Real, RJ, foram somente 1,3 mil licenciamentos.
A Peugeot, na verdade, gostaria que o novo 208 fosse bem além de seu predecessor e impactasse os consumidores e o mercado com a mesma intensidade alcançada pelo 206. “O 208 é um carro distintivo na paisagem automotiva tanto quanto o 206 “, acredita Ana Theresa.
Com um desenho absolutamente inovador para a época, o pioneiro Peugeot nacional foi lançado em 2001 e nos primeiros dois anos ultrapassou 100 mil unidades negociadas aqui. Mas nessas duas décadas, o consumidor brasileiro mudou, mercado e economia idem e a oferta de produtos nacionais e importados ainda mais.
Só uma boa aparência já não é garantia de vendas e a Peugeot sabe bem o que isso significa, tanto que, nos últimos três anos, tem investido no pós-venda para combater a pecha de desvalorização acelerada que seus veículos ganharam ao longo dos anos.
A atual cotação dos exemplares usados do SUV importado 3008 é prova de que o esforço vem surtindo efeito e Ana Theresa quer que o Novo 208 chegue às ruas amparado por essa nova imagem. Um instrumento de maior assertividade nesse sentido, acredita a montadora, é o plano de financiamento “Just Drive”, apresentado junto com o hatch e que mereceu especial destaque dos executivos da marca durante evento digital.
Com ele, o consumidor pode adquirir qualquer uma das quatro versões do 208 com entrada a partir de R$ 35 mil e financiar o restante em 30 parcelas mensais. Ao final do período, a marca se dispõe a pagar 100% da Tabela Fipe na troca por outro Peugeot novo. No caso da versão de entrada, as parcelas são de R$ 1.090,00. Sobem R$ 200 para a versão superior e assim sucessivamente até a Griffe.
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O plano chega ao mercado com 208 mas será estendido aos SUVs da marca, afirma Oswaldo Ramos, diretor comercial. Já no mês que vem, o cliente poderá também financiar pelo “Just Drive”, além do valor do carro, licenciamento, revisões e acessórios, seguro e até mesmo pequenos reparos, no limite de duas passagens pela ofician por ano. “O proprietário só terá mesmo que se preocupar em dirigir”, enfatiza Ramos.
Outra vertente de confiabilidade que a Peugeot espera que auxilie as vendas do Novo 208 é o Peugeot Total Care. Criado há três anos exatamente para elevar a imagem de qualidade de seus veículos e dos serviços prestados pelas revendas, o programa garante que o cliente que se disser insatisfeito com os serviços não precisa pagar por eles.
“Tivemos 200 mil passagens pelas concessionárias no últimos 12 meses e não registramos nenhuma solicitação de reembolso nesse perído”, comemora Ana Theresa Borsari.
Foto: Divulgação
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