Com mais de 98 mil unidades fabricadas em agosto, setor ainda não opera plenamente. Há atraso nas entregas do consórcio.
Apesar das restrições ainda existentes, que impedem uma operação plena, a indústria de motocicletas instalada no PIM, Polo Industrial de Manaus, segue com produção em curva ascendente e consistente, conforme balanço divulgado nesta quinta-feira, 10, pela Abraciclo.
Com 98.358 unidades fabricadas em agosto, o setor conseguiu ampliar a produção em 0,4% no comparativo com julho, quando saíram das linhas de montagem total de 97.920. Vale notar que o volume poderia ter sido maior se não fossem os dois dias úteis a menos do mês passado.
“Desde a retomada gradual das atividades industriais em maio, a produção de motocicletas vem mostrando uma curva ascendente e consistente”, comenta Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. “A produção até poderia ser maior, mas as fábricas ainda operam com restrições, pois a prioridade é preservar a saúde dos colaboradores, atendendo aos protocolos sanitários de segurança”.
Diante da oferta ainda reduzida, a indústria de veículos duas rodas não está conseguindo suprir a atual demanda do mercado. “Ainda estamos atendendo às entregas atrasadas dos consórcios, por exemplo, que respondem por cerca de 25% das vendas de motocicletas no Brasil”, complementa Fermanian.
No acumulado de janeiro a agosto foram fabricadas 588.495 motos, o que representa uma retração de 20,9% na comparação com o mesmo período do ano passado (743.556 unidades).
Emplacamentos
Segundo dados do Renavam que já tinham sido antecipados pela Fenabrave, foram licenciadas 95.961 motos em agosto, equivalente a uma alta de 12,7% ante julho (85.148 unidades). Em relação a agosto do ano passado (88.625), a expansão foi de 8,3%.
A média diária de vendas no mês passado, que teve 21 dias úteis, foi de 4.570 unidades, indicando acréscimo de 23,4% em relação a julho (3.702 unidades). Na comparação com agosto de 2019, a elevação nesse mesmo tipo de comparativo chegou a 13,4%.
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“Esses números comprovam o protagonismo da motocicleta no atual cenário, sendo uma alternativa segura de locomoção, além de fonte de renda para muitas pessoas que perderam o emprego ou tiveram seus ganhos reduzidos”, analisa o presidente da Abraciclo. Dentre outros fatores que também têm contribuído para alavancar as vendas, o executivo cita a maior oferta de crédito e o menor custo de manutenção da motocicleta na comparação com os automóveis.
Por categoria, Off-Road e Scooter foram as que registraram maior crescimento em vendas. No primeiro caso, a alta nas vendas do atacado em agosto sobre julho foi de 113,9%, com 614 entregues no mês passado. As Scooters somaram 7.727 unidades, aumento de 65,7%.
Em números absolutos, a Street se manteve como a categoria mais negociada no atacado, com 50.662 unidades em agosto, expansão de 0,5% na comparação com o mês anterior (50.393 motocicletas) e de 7,2% em relação ao mesmo mês do ano passado (47.255 unidades).
Foto: Divulgação/BMW
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