Com ritmo de recuperação bem maior do que o projetado inicialmente pela indústria automotiva, o mercado de veículos total, incluindo leves e pesados, fechou o mês de setembro com 207.724 emplacamentos, o melhor resultado deste ano, ou seja, volume maior do que o da pré-pandemia.
Com relação a agosto, quando foram licenciadas 183,4 mil unidades, houve alta de 13,2%. As vendas no acumulado dos primeiros nove meses do ano atingiram 1,37 milhão de veículos, o que representa queda de 32,2% sobre o total de 1,84 milhão comercializado no mesmo período de 2019.
O índice de recuo até setembro é menor do que o projetado pela indústria para o ano como um todo. Em março, quando o setor parou por causa da Covid-19, as projeções das montadoras davam conta de um tombo da ordem de 40% no mercado interno este ano.
Como a retomada já vinha acima do esperado desde julho, a Anfavea admitiu no mês passado que deveria revisar essa estimativa de 40% para um número menor. A entidade divulgará os números de produção e exportação na próxima quarta-feira, 6, oportunidade em que mostrará as novas metas do setor para este ano.
Em janeiro e fevereiro, antes portanto da pandemia, a indústria automotiva vendeu, respectivamente, 193,5 mil e 201 mil veículos. No mês seguinte, os emplacamentos caíram para 163,6 mil e o fundo do poço foi em abril, com apenas 55,7 mil unidades.
Desde então o mercado vem se recuperando de forma gradativa, mas consistente. Com relação a setembro de 2019, por exemplo, o desempenho do mesmo mês deste ano indica recuo de 11,5%, índice bem abaixo do que os verificados nos últimos meses nessa mesma base de comparação.
De acordo com fonte da rede de distribuição, as montadoras já retomaram as entregas de veículos para as locadoras, que estavam atrasadas desde julho. Isso contribuiu para o desempenho surpreendente de setembro e ainda há pedidos não atendidos das locadoras, o que deve continuar movimentando o mercado agora em outubro.
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Executivos do setor admitem que em alguns produtos a indústria está com produção aquém da demanda, em parte devido às dificuldades de alguns fornecedores de retomarem a produção em nível mais próximo do verificado antes da Covid-19.
Segundo o diretor de compras da FCA, Fiat Chrysler Automobiles, para a América Latina, Juliano de Almeida, houve demissões na base de fornecedores e isso tem prejudicado uma retomada mais consistente. O balanço do mês de setembro indica a Fiat na liderança do ranking por marcas e nova Strada no topo da lista dos veículos mais vendidos no País.
Ilustração/Pixabay
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