No mês passado, o mercado de veículos pesados absorveu 8,9 mil caminhões e ônibus, volume 9,25% inferior ao registrado em agosto, quando adquiriu 9,8 mil unidades. Em relação a setembro de 2019, período que somou 11,6 mil comerciais, o declínio se mostrou ainda mais expressivo, de 23%. Os números são os consolidados pela Fenabrave, divulgados na sexta-feira, 2.
Ao se observar os resultados dos últimos meses, o ritmo das vendas vem perdendo fôlego. Para atender demanda retraída logo após retomada das atividades da indústria, com produção suspensa entre abril e início de maio, os emplacamentos de caminhões e ônibus chegaram a somar 11,4 mil unidades em julho, o que representou alta 13% sobre o volume de junho, de pouco mais de 10 mil veículos dos segmentos. Desde então as transações tomaram rumo decrescente.
Até setembro, as vendas de caminhões e ônibus acumularam queda de quase 20%, de 94,5 mil unidades emplacadas nos nove primeiros meses de 2019 para 74,7 mil no exercício deste ano.
O segmento de caminhões apresenta desempenho semelhante ao do mercado. Em setembro, os emplacamentos somaram 7,4 mil unidades, quedas de 8,3% em relação a agosto, quando foram vendidas pouco mais de 8 mil unidades, e de 20,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado, com registro de 9,3 mil unidades.
De janeiro a setembro, os licenciamentos chegaram 62,6 mil caminhões contra 74,7 mil unidades anotadas um ano antes, retração de 16,2%.
No mercado de ônibus, segmento da indústria mais prejudicado pela crise, as vendas recuaram 13,6% em setembro em relação a agosto, de 1,7 mil unidades para 1,5 mil. No confronto com o mesmo mês do ano passado, o declínio ultrapassou 33%.
No acumulado, a queda chegou a 34%. De janeiro a setembro foram negociados perto de 13,1 mil ônibus contra 19,8 mil registrados um ao atrás.
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Foto: Mercedes-Benz/Divulgação