Com a demanda aquecida por conta do excelente momento do agronegócio brasileiro, a New Holland Agriculture não está conseguindo atingir capacidade plena por causa de problemas ainda existentes no fornecimento de autopeças e componentes, principalmente os importados.
“Estamos trabalhando a todo vapor em todas as plantas, mas não está do jeito que gostaríamos”, diz o vice-presidente da New Holland Agriculture para a América Latina, Rafael Miotto. “Temos tido um fluxo complicado de abastecimento ainda por conta da pandemia”.
Segundo o executivo, houve novas paralisações de produção na Índia e a Europa está convivendo com a chamada segunda onda. Também há dificuldades com autopeças vindas da China, sem contar o problema do fluxo aéreo, que foi reduzido e impede agilidade na importação de alguns componentes.
Além disso, as paralisações do primeiro semestre – a própria New Holland suspendeu produçao por um mês – geram reflexos nas linhas dos fornecedores até hoje. Mas no embalo do agronegócio, que prevê nova safra recorde este ano, a empresa está capitalizada, assim como também a sua rede de concessionárias.
“Temos um fluxo de caixa excepcional e estamos tendo um ano saudável”, comentou Miotto durante apresentação virtual da nova linha de colheitadeiras TC e do lançamento da co-irmã TX nesta seta-feira, 16.
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Com os novos produtos já disponíveis no mercado brasileiro, a New Holland quer não apenas manter a liderança da marca pertencente à CNH Industrial, mas ainda ganhar um pouco de participação no mercado. “Como passaremos a atuar em novo segmento com a TX, acreditamos ser possível ganhar market share”, avalia o vice-presidente.
Dos segmentos representados pela Anfavea, o de máquinas agrícolas e rodoviárias é o único que apresenta desempenho positivo em 2020. O crescimento das vendas até setembro é de apenas 1,8%, mas um diferencial positivo em um ano de pandemia que afetou a economia brasileira e de outros países de forma generalizada.
Foto: Divulgação/New Holland
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