Conhecer uma colheitadeira em todos detalhes, entrar na cabine e visualizar os comandos que operador terá diante de si e até escolher a melhor ferramenta financeira para sua aquisição. Foi-se o tempo em que o produtor rural precisava se deslocar de sua propriedade para, pessoalmente, cumprir esse processo vital para seu negócio.
Pelo menos para aquele produtor que buscar uma colheitadeira Case IH a partir de agora. Isso porque o braço da CNH Industrial completará 2020, ano que já entrou para a história da marca aqui como palco do maior número de lançamentos, com mais uma novidade tecnológica: a Case IH Virtual Experience, plataforma digital que assegura experiência totalmente imersiva do cliente em um showroom virtual.
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A ferramente reproduz, em tempor real, com tecnologia 3D utilizada no mundo dos videogames, perfeitamente um showroom de uma revenda e, melhor ainda, as novas colheitadeiras de grãos Axial-Flow Série 250 Automation modelo 9250 e Série 150 modelos 4150 e 7150.
Não se trata de uma sequência de fotos 360 graus ou imagens estáticas, mas de modelos matemáticos, dimensões geométricas fornecidas pela própria engenharia da empresa. A sensação é de, de fato, se estar próximo ou dentro das máquinas.
O produtor-internauta pode, por exemplo, aproximar a imagem, escolher ângulos diferentes, contornar a colheitadeira, “abrir” o cofre do motor os das áreas onde se concentram as funções industriais. Se desejar, consulta os dados técnicos do que está sendo observado ou mesmo vídeos.
Dúvidas também podem ser esclarecidas diretamente com o consultor técnico disponível virtualmente. É a chamada modalidade “multiplayer”, agendada previamente e pela qual consultor e cliente mantêm comunicação por áudio ou mensagens de texto.
A plataforma integra o pacote de investimentos de US$ 40 milhões da Case para 2020, consumido, sobretudo nos diversos lançamentos de colheitadeiras em 2020.
Eduardo Penha, diretor de Marketing Comercial da Case IH para América do Sul, reconhece que ela foi concebida a partir das dificuldades impostas pelo isolamento social para o combate à Covid-19 e da percepção da eventual inoperância das revendas por um longo período
A pandemia gerou e acelerou novos hábitos de consumo, de busca de informação em todos os segmentos e não foi diferente no agronegócio, destaca Penha. A Case viu na Virtual Experience a alternativa mais rápida e eficaz para a falta da proximidade física do representante comercial e do produto no campo ou na concessionária e o cancelamento das feiras agrícolas.
Foram cinco meses de trabalho para chegar à ferramenta que, uma vez baixada em um tablet, celular ou desktop, pode operar também off line, caso a cobertura de internet do local não seja a adequada.
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Por meio dela, o cliente só não conseguirá — ainda, de fato — concretizar a transação, mesmo que já tenha disponíveis todas as informações para isso.
A Virtual Experience foi desenvolvida integralmente pela operação brasileira e, assegura Penha, não replica qualquer experiência anterior da Case. Ao contrário, sairá daqui para outros países.
“Estamos preparando o lançamento na Argentina e outros mercados da América Latina. Como os produtos são os mesmos, é que questão de mudar o idioma”, afirma o executivo.
Apesar de ter surgida em meio à pandemia e como recurso para contorná-la, a plataforma veio para ficar. Tanto que todo o restante da linha de máquinas da Case será integrada a ela a partir de 2021, ano sobre o qual, reconhece Penha, ainda pairam dúvidas com relação à retomada das grandes feiras agrícolas.
“É preciso lembrar que há uma segunda onda da Covid-19 na Europa e temos que ver como ficará a vacinação. Mas, se as feiras acontecerem, a Case participará, sem dúvida.”
Foto: Reprodução
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