Confirmando tendência prevista por executivos do setor logo no início da pandemia, pesquisa da Globo Insigths mostra que dentre as pessoas que não possuem carro e agora têm intenção de compra a maioria (62%) quer um com preço até R$ 50 mil.

É uma faixa que contempla os chamados modelos de entrada, aqueles mais básicos, ou então veículos usados. A rejeição ao transporte público por causa da pandemia é o grande impulsionador de compra de um automóvel no momento.

Os dados foram divulgados no evento Conexão Anfavea, promovido pela entidade na tarde desta quarta-feira, 18. Na ocaisão foram debatidos os temas “A pandemia e a reorganização da mobilidade”, com apresentação de Pedro Palhares, da Moovit, e “Como a pandemia afeta aqueles que não têm carro”, com Bruno Guerra e Thiago Mariano, ambos do setor automotivo da Globo.

Na pesquisa que abrangeu 400 pessoas que não possuem veículos de diferentes regiões do Brasil, a Globo constatou que 39% têm intenção de comprar um, dos quais 22% entre este final de ano e o próximo. A maior preferência é por sedãs (35%) e hatchs (16%), com os SUVs aparecendo em terceiro lugar (10%).

LEIA MAIS

Contraste entre demissões e horas extras reflete cautela das montadoras

Dentre os entrevistados, 29% com certeza querem um carro novo, sendo que 38% devem optar por um usado e 32% ainda não decidiram. Com grande abrangência de dados, a questão preço chamou atenção na pesquisa da Globo.

Ante os 62% que querem gastar até R$ 50 mil na aquisição de um veículo, apenas 10% pretendem desembolsar de R$ 51 mil a R$ 70 mil, 6% entre R$ 76 mil e R$ 100 mil e 3% acima disso.

Questionado sobre com a indústria vê essa tendência por carros de menor valor justamente num momento em que os preços estão em alta, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, disse que cabe a cada marca ver como buscar esse cliente.

“Como é uma pesquisa com o pessoal que não tem carro, os dados levantados ajudam as montadoras a direcionar suas estratégias, equililbrando a necessidade de repasse de custos com volumes para não perder oportunidades de negócio”, destacou Moraes.

Segundo o executivo, a questão do crédito também tem peso na decisão do brasileiro de efetivamente comprar um veículo. “Entre os que disseram que não têm intenção de comprar um carro agora, 16% falaram que pdoeriam reverter essa disposição se houvesse no mercado melhores condições de financiamento”.


Foto: Pixabay

 

Alzira Rodrigues
ASSINE NOSSA NEWSLETTER GRATUITA

As melhores e mais recentes notícias da indústria automotiva direto no sua caixa de e-mail.

Não fazemos spam!