Ao divulgar o balanço mensal de vendas de veículos nesta quarta-feira, 2, a Fenabrave voltou a garantir que o mercado poderia estar melhor não fosse a falta de alguns produtos, principalmente aqueles de maior demanda e os topos de linha.
“Ainda observamos que a produção não retornou aos patamares de antes da pandemia, o que continua trazendo problemas na disponibilidade de alguns modelos, principalmente por conta da falta de peças e componentes”, comenta o presidente da entidade, Alarico Assumpção Júnior, que já havia alertado para o problema no mês anterior.
A Anfavea, no mês passado, reconheceu problema de desabastecimento por causa de alguns insumos e matérias-primas, em especial o aço, cujo preço subiu mais de 40% este ano.
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O executivo lembrou que novembro teve desempenho recorde no ano, com crescimento de 4,4% no comparativo com outubro no segmento de automóveis e comerciais leves, totalizando 214.265 emplacamentos.
“Como teve menos dias úteis (20) no mês passado do que no anterior (21) o resultado confirma a trajetória de alta do mercado”, destacou Assumpção Jr. Ele não revelou modelos específicos que estão faltando no mercado, mas algumas montadoras já admitiram fila de espera para alguns produtos, caso da Fiat Strada e do SUV Tiggo 8, da Caoa Chery.
No acumulado de janeiro a novembro, esse segmento aponta retração de 28,62%, totalizando 1.718.093 unidades, contra as 2.406.917 no mesmo período de 2019. “Temos observado que os clientes, nos últimos meses, estão confiantes na tomada da decisão de compra e aproveitaram o momento de crédito disponível e a isenção do IOF vigente até o final de novembro para adquirir seu carro novo”, reforçou o presidente da Fenabrave.
Na apuração da entidade, o mês passado ficou na 10ª colocação histórica entre todos os meses de novembro para automóveis e comerciais leves, e o acumulado ocupa a 15ª posição nesse ranking.