Balanço do desempenho do mercado de veículos consolidado pela Fenabrave mostra que a demanda por caminhões segue em recuperação aos patamares de antes do início da pandemia da covid-19. No mês passado, os licenciamentos no segmento somaram pouco mais de 9 mil unidades, alta de 13,2% em relação a outubro, quando contabilizou 7,9 mil caminhões vendidos.

O volume de novembro chegou bem próximo ao resultado apurado no mesmo de mês de 2019 (apenas 142 caminhões a menos), de 9,1 mil unidades, o que representou uma leve queda de 1,5%.

Com as vendas do mês passado, o mercado de caminhões encerra os onze primeiros meses com 79,5 mil unidades emplacadas, volume 14,8% inferior ao mesmo acumulado de 2019, quando alcançou 93,4 mil licenciamentos.

Segundo Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, as vendas poderiam ser maiores caso a indústria não estivesse enfrentando gargalos no chão de fábrica.

“A melhora contínua da expectativa do PIB aumentou a demanda por caminhões nos últimos meses, mas a falta de componentes e peças continua afetando a produção. A maior oferta de crédito – aprovação de sete para cada dez solicitações de financiamento – e as taxas abaixo de 1% têm impulsionado as vendas, mas com a defasagem na oferta, alguns modelos só serão entregues no segundo trimestre de 2021.”

Ônibus – Ao contrário do mercado de caminhões, o segmento de ônibus segue contabilizando perdas significativas. No mês passado, foram licenciados 1,7 mil modelos, quedas de 5,3% em relação a outubro (1,8 mil unidades e de 21,8% na comparação com novembro de 2019 (2,2 mil). No acumulado do ano, a retração bateu nos 32,7% com 16,6 mil ônibus emplacados contra 24,7 mil vendidos há um ano.

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Décio Costa
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